Anadia/AL

28 de março de 2024

Anadia/AL, 28 de março de 2024

AL tem altos índices de raios solares e especialista alerta cuidados com a saúde

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 24 de março de 2019

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Dermatologista relembra a importância do protetor solar e do uso correto

FOTO: BLOG DR.CONSULTA

Índices de raios ultravioleta no estado já atingiram níveis extremos

FOTO: CPTEC/INPE 

Característicos de cidades litorâneas, o sol forte e o calor recorrente fazem parte da rotina dos alagoanos, principalmente no verão. No entanto, a atenção com os cuidados à exposição solar deve ser redobrada o ano inteiro.

Isso porque, recentemente, uma pesquisa realizada pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC-INPE), registrou uma alta incidência de raios ultravioleta (UV) em todo o país. De acordo com o monitoramento meteorológico, a intensidade da radiação solar estacionou em níveis considerados perigosos para a saúde humana. 

Por meio de uma escala aprovada  pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o índice ultravioleta (IUV) classifica a intensidade dos raios na superfície da Terra em níveis. Quanto maior o IUV, os riscos de queimadura na pele devido à exposição aumentam. Tanto Alagoas quanto o Brasil já atingiram o nível 11, considerado extremamente agressivo. Na tabela, o índice recomendável pelos especialistas varia até, no máximo, 8. 

Fatores 

Segundo Vinícius Nunes, meteorologista da Secretaria do Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), a localização geográfica influencia diretamente na maior incidência dos raios. “Por conta da latitude, o Nordeste apresenta radiações intensas o ano inteiro, consequentemente um aumento das ondas UV. Como estamos próximos à região Equatorial, os raios atingem diretamente o solo quase que perpendicularmente – em posição de 90°-“, explica. 

Além disso, Vinícius acrescenta que fatores como a estação do ano e os horários também contribuem para os altos índices. “Durante o verão, com céu limpo, por exemplo, o medidor IUV salta de 8 e atinge níveis de 12 ou 13. A presença de nuvens absorve parte da radiação, e elas diminuem consideravelmente nessa época. Em relação ao horário, a intensidade dos raios máximos se dão sempre ao meio-dia solar na região, ou seja, em Alagoas, entre 12h e 13h”, complementa. 

Tons de roxo no mapa indicam índices a partir do nível 11, considerado extremamente danoso à saúde humana

FOTO: CPTEC/INPE

 

Diferente de algumas regiões, a incidência da radiação em Alagoas se mantém estável em boa parte do ano, graças à distância da latitude do estado com a camada de ozônio. 

Responsável por absorver 99% dos raios considerados nocivos à vida – UVA, UVB e UVC – a última avaliação da NASA, agência espacial americana, realizada no ano passado, constatou que o buraco nessa camada ultrapassa os 23 milhões de km², quase o tamanho da América do Norte. Mesmo com a diminuição da falha em 2% ao ano, o buraco ainda se caracteriza como uma das causas para o aumento dos raios UV no planeta. 

Danos à saúde

Apesar de ser fonte importante de vitamina D – substância essencial para o desenvolvimento ósseo -, estudos mostram que os raios solares podem causar até 40 tipos de doenças. Entre elas, o conhecido câncer de pele, que atinge cerca de 171 mil pessoas por ano, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer de Pele (INCA), coletados no ano passado. Em Alagoas, a instituição constatou aproximadamente 1.160 casos entre os períodos de 2018 e 2019. 

Dermatologista da Sociedade Brasileira de Medicina Estética, Oneika Leite informa que, além do câncer, a radiação pode trazer diversos efeitos a longo prazo. “Os riscos da exposição descontrolada, com o tempo, resultam no desenvolvimento de rugas, no temido escurecimento do melasma e do envelhecimento precoce da pele. Alterações negativas no sistema imunológico e cataratas também fazem parte do quadro. E, claro, os danos agudos, como queimadura solar e intoxicação por medicamentos”, ressalta. 

Para ela, apesar das constantes campanhas de saúde no verão, a população ainda não adotou a proteção solar como parte da rotina. “Mesmo com todas as informações, as pessoas acham que cinco minutos no sol não causam problemas. O aumento de práticas de marquinhas de biquíni, salões de bronzeamento e esporte ao ar livre, também contribuem na intensidade das lesões”, expressa.

Como se proteger

Atentar-se aos horários recomendados é o primeiro passo. A dermatologista afirma que o banho de sol deve ser tomado antes das dez horas da manhã e após as quatro horas da tarde. Isso sempre aliado ao protetor solar, até em situações de estar embaixo de um guarda sol, já que areia reflete 20% dos raios UV. 

“É importante lembrar de reaplicar sempre o protetor e espalhar bem por todo o corpo. Alguns contêm substâncias não indicadas, como o serum. O ideal é consultar o profissional e perguntar o mais indicado para o seu tipo de pele”, informa Oneika. 

Outros acessórios, como chapéu, óculos, roupas de proteção UV e protetor labial,  também são itens indispensáveis. Na alimentação, o indicado é consumir água com frequência e comidas leves que não passem muito tempos expostas no sol.

 

Fonte: Gazeta web

 

 

 

 

 

 

 

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