Crime aconteceu em cidade no nordeste do país.
Violência do grupo já deixou mais de 20 mil mortos.
Na sexta-feira (10) à noite, pelo menos 15 homens chegaram de moto a Mairari, uma cidade isolada a cerca de 80 km de Maiduguri, capital do estado de Borno. Eles forçaram essas quatro mulheres, com idades entre 27 e 45 anos, a sair de suas casas, degolando-as em seguida, de acordo com relatos dos milicianos.
“Eles foram a quatro casas. Enquanto os moradores quebravam o jejum [do Ramadã] por volta das 19h (17h, horário de Brasília), eles tiraram as quatro mulheres de casa e cortaram suas gargantas”, disse à AFP o miliciano Babakura Kolo.
De acordo com ele e com o também miliciano Musa Ari, os invasores foram atrás dessas vítimas, deliberadamente – seja porque seus maridos se recusaram a entrar para as fileiras do Boko Haram, seja porque o grupo suspeitava de que esses homens estariam transmitindo informações ao governo.
Desde o lançamento de sua “rebelião armada” em 2009, o Boko Haram sequestrou milhares de pessoas, incluindo mulheres e crianças, para serem combatentes, escravas sexuais, ou bombas humanas.
A violência do Boko Haram já deixou mais de 20.000 mortos e cerca de 2,6 milhões de refugiados.
Na última quinta-feira (9), os Exércitos dos quatro países afetados pelo Boko Haram – Nigéria, Chade, Níger e Camarões – anunciaram o lançamento iminente de uma ampla ofensiva contra esses rebeldes islamitas, depois de um sangrento ataque no sul do Níger.
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