Um grupo de estudantes fez um ato, na manhã desta quinta-feira (1º), na Praça do Martírios, em Maceió, contra a medida tomada pelo Senado Federal de cassar o mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e, consequentemente, abrir espaço para o governo definitivo de Michel Temer (PMDB). O movimento pede novas eleições diretas no Brasil para escolha do presidente de República.
O evento foi organizado, basicamente, pelas redes sociais, e teve baixa adesão, embora boa parte tenha confirmado presença no ambiente virtual. Os estudantes participaram de uma oficina de cartazes, marcaram apresentações culturais no local e aguardaram um grupo maior para sair em caminhada pelas ruas do centro da capital.
O ato contou com a participação de representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE), União da Juventude Socialista (UJS), a Juventude do Partido dos Trabalhadores (JPT), do movimento de mulheres, trabalhadores rurais e pescadores de Alagoas.
“No evento, tinha mil pessoas confirmadas e ele foi marcado de última hora porque precisávamos dessa resposta imediata nas ruas. O intuito é chamar a atenção para a nossa insatisfação com o governo Temer e para que a população tome ciência da quantidade de direitos que ela vai perder com o impeachment da presidente Dilma”, explica a estudante Maria Eduarda, que organizou o ato nas redes sociais.
Ela garante que o movimento é apartidário, embora jovens filiados ao PT estivessem presentes. “Viemos prestar o nosso apoio ao ato e contribuir para que este seja o primeiro de muitos. A ideia é que depois de hoje haja uma reunião na Ufal para que os novos atos sejam marcados”, informou o presidente da UJS, Pedro Mendes.
De acordo com os organizadores, o protesto tem nível nacional e seria uma estratégia para dar um contraponto da oposição menos de 24 horas da consumação do impeachment, classificado por eles de golpe de Estado.
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