
Guilherme Damasceno e Maryllya Fonseca, estudantes de Gestão Ambiental do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), em Marechal Deodoro, venceram a última etapa do Desafio Água, que ocorreu na Filadélfia (EUA), promovido pela Ambev.
Dentre 23 iniciativas inscritas, eles foram escolhidos entres os três melhores e ganharam uma viagem aos EUA para acompanhar a decisão do concurso.
O resultado do concurso foi divulgado no último sábado (1) com a presença dos estudantes finalistas.
Com o prêmio de US$ 10 mil, eles irão executar o projeto “Palmas pra Vida”, que consiste em reutilizar água residual (águas cinza) para irrigação da palma em Major Izidoro, município alagoano castigado pela seca.
A estação de captação da água será implantada em escolas e a partir de um trabalho de engajamento dos estudantes, os agricultores da região também serão alcançados.
“Nossa ideia é implantar numa escola e servir como centro de replicação. São três fases. Implantação onde os multiplicadores serão ensinados; Depois vai se montar a turma com os produtores rurais eles também vão aprender, desenvolvemos cartilhas. Na última fase é esperado que o produtor aplique essa tecnologia no terreno”, explica Guilherme.
Além de Guilherme e Marylya, participam do projeto Emanoella Rodrigues da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) e Higor Cerqueira do Instituto Federal do Rio de Janeiro estudantes (IFRJ).
Maryllya conta que no início eles não acreditavam que pudessem chegar tão longe.
“A gente fez [a inscrição] mas de primeira não acreditávamos que iríamos conseguir. Tinha brasileiro de todo o mundo e então a gente não tava muito confiante de que iria ganhar”, diz a estudante.
Para receberem a premiação, os quatro estudantes farão um acompanhamento com mentores custeado pela Ambev, para estabelecer as diretrizes do projeto.
IMPACTOS
Promovido pela Ambev em parceria com a Associação de Estudantes Brasileiros no Exterior (Brasa), o concurso reuniu cem estudantes brasileiros no exterior.
A proposta era desenvolver um projeto que atendesse a critérios como viabilidade, impacto e inovação. O objeto era o acesso à água no semiárido brasileiro.
Além do “Palmas pra Vida”, foram classificados para a final os projetos LDAPs & Banheiros Comunitários, de estudantes brasileiros nos Estados Unidos, que pretende eliminar por tratamentos as bactérias do esgoto; e o Reciclágua, de alunos da Alemanha, EUA e Inglaterra, que sugere o reuso da água a partir de uma adaptação em fossas sépticas.
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