Haley disse a jornalistas que os Estados Unidos estão ouvindo relatos de que a Coreia do Norte pode estar se preparando para outro teste de mísseis.
“A Coréia do Norte pode conversar com quem quiser, mas os EUA não vão reconhecer isso… até que eles concordem em banir as armas nucleares que eles têm”, acrescentou.
A Coreia do Sul propôs conversas à Coreia do Norte nesta terça-feira, apesar do impasse resultante dos programas de armas norte-coreanos, um dia depois de o líder do regime de Pyongyang, Kim Jong Un, ter dito que está aberto a negociações, mas que seu país seguirá com a “produção em massa” de ogivas nucleares.
A tensão na península coreana vem aumentando devido aos programas nuclear e de mísseis da Coreia do Norte, que esta desenvolve desafiando anos de resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas e em meio a uma retórica beligerante de Pyongyang e da Casa Branca. O regime norte-coreano vê os exercícios de guerra frequentes entre Seul e Washington como uma preparação para a guerra.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tem liderado uma campanha global para aumentar a pressão sobre a Coreia do Norte para que desista de desenvolver um míssil nuclear capaz de atingir os Estados Unidos, manteve cautela ante a oferta de diálogo norte-coreana, dizendo em um tuíte: “Talvez seja uma boa notícia, talvez não – veremos!”.
“Esperamos poder discutir francamente interesses dos dois lados frente a frente com a Coreia do Norte, além da participação do Norte na Olimpíada de Inverno de Pyeongchang”, afirmou o ministro da Unificação sul-coreano, Cho Myong-gyon, a repórteres.
“Repito, o governo está aberto a conversar com a Coreia do Norte, independentemente do momento, do local e da forma”.
Cho disse esperar que o diálogo no vilarejo fronteiriço de Panmunjom, se acontecer, se concentre na participação norte-coreana nos Jogos em fevereiro, mas que outras questões provavelmente virão à tona, como a desnuclearização da Coreia do Norte.
Caso as conversas ocorram no dia 9 de janeiro, representarão o primeiro diálogo do gênero desde uma reunião de vice-ministros em dezembro de 2015.
A proposta chegou depois de um discurso feito por Kim no dia de Ano Novo no qual ele disse estar “aberto ao diálogo” com Seul e à possível atuação de atletas de sua nação nos Jogos de Inverno, mas declarou de forma persistente que a Coreia do Norte é uma potência nuclear.
Depois de saudar a fala de Kim, o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, pediu ao seu governo no início nesta terça-feira para agilizar a inclusão da Coreia do Norte na Olimpíada.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, disse que os comentários positivos recentes dos dois lados sobre a melhoria das relações, e as colocações de Kim sobre a participação na Olimpíada, são “uma coisa boa”.
“A China louva a Coreia do Norte e a Coreia do Sul estarem fazendo esforços sinceros para tratar disto como uma oportunidade para melhorar as relações mútuas, incentivar a amenização da situação na Península Coreana e realizar a desnuclearização da península”.
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