Israel tem privado palestinos sistematicamente de seus direitos humanos, com 1,9 milhão de pessoas em Gaza “enjauladas em uma favela tóxica do nascimento até a morte”, disse nesta sexta-feira (17) o chefe de direitos humanos da ONU, Zeid Ra’ad al-Hussein.
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Abrindo uma sessão especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU que pode estabelecer uma comissão de inquérito sobre a violência recente em Gaza, Zeid criticou duramente Israel, citando os confrontos da última segunda-feira, quando as forças de segurança israelenses mataram mais de 60 palestinos.
Nos confrontos, grupos de palestinos tentaram avançar contra a barreira que fica na fronteira com Israel e lançaram pedras na direção dos soldados, que responderam com tiros e bombas de gás lacrimogêneo. Israel disse estar agindo em legítima defesa para proteger suas fronteiras e comunidades.
Palestinos correm para se proteger de bombas de gás atiradas por tropas israelenses na fronteira entre Gaza e Israel após protestos contra a inauguração da embaixada dos EUA em Jerusalém na última segunda-feira (Foto: Mahmud Hams/AFP)
Os palestinos protestavam na fronteira pelo direito de retorno de palestinos expulsos em 1948 com a criação do Estado de Israel e contra a inauguração da embaixada dos EUA em Jerusalém.
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“Ninguém ficou mais seguro pelos terríveis acontecimentos da semana passada”, disse. “Acabem com a ocupação e a violência, e a insegurança desaparecerá em grande parte”.
Al Hussein disse que a resposta de Israel às manifestações palestinas em Gaza foi “totalmente desproporcional”. “O forte contraste no número de vítimas dos dois lados sugere que a resposta (de Israel) foi totalmente desproporcional”, disse.

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