A Presidência do Sudão entregou nesta segunda-feira (16) ao Parlamento dois decretos para prorrogar o estado de emergência nas regiões de Cordofão do Norte (oeste) e Kassala (leste), vigente desde janeiro, a fim de desarmar os civis e lutar contra o crime.
Os decretos foram entregues em uma sessão de emergência sob o pretexto de que ainda persistem os motivos que levaram a declarar o estado de alarme em ambas as zonas.
As medidas excepcionais terão que ser ratificadas pelo Parlamento para sua aprovação.
O ministro de Estado para a Presidência da República, Harun Adam al Rashid, disse em relação ao Parlamento que “impor o estado de emergência teve um grande efeito positivo para firmar o prestígio do Estado, recolher as armas e perseguir os criminosos que perpetram saques, contrabando e tráfico de pessoas e de drogas”.
Contrabando, drogas e tráfico de pessoas
O Parlamento sudanês ratificou em 8 de janeiro um decreto presidencial para ampliar por seis meses a mais o estado de emergência nas regiões de Cordofão do Norte e Kassala, fronteiriça com a Eritreia.
A decisão foi tomada então, segundo o Parlamento, por questões de segurança e para lutar contra os traficantes de seres humanos e os narcotraficantes.
Crise com a Eritreia
Em 6 de janeiro, o Sudão fechou suas passagens fronteiriças com a Eritreia por tempo indeterminado e reformou as tropas da zona, que se encontra em estado de emergência para tentar limitar a passagem de imigrantes irregulares e contrabandistas.
À época, alguns veículos de imprensa sudaneses afirmaram que o fechamento é uma reação do Sudão a um desdobramento de tropas da Eritreia na região de Sawa, perto das fronteiras do país vizinho, com a presença de rebeldes sudaneses.
O Sudão e a Eritréia normalizaram suas relações diplomáticas em 2006, após mais de uma década de tensões pelas acusações mútuas de respaldo a grupos armados opositores aos seus respectivos governos.
Fonte: G1 Mundo
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