O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse em entrevista divulgada nesta terça-feira (1) que os projetos políticos de Jair Bolsonaro, presidente eleito no Brasil, Iván Duque, presidente da Colômbia, e Mauricio Macri, presidente da Argentina, são inviáveis na região latino-americana e terminarão provocando uma nova onda de governos de esquerda, de acordo com a agência EFE.
O presidente venezuelano afirmou que Duque “passou dos 80% de apoio para 80% de repúdio” e que o povo colombiano está “nas ruas pedindo que ele deixe” a presidência.
Ele também observou que a América Latina é “um território em disputa” entre as forças políticas da direita e da esquerda e que a região está passando por “um processo de regressão” que, em sua visão, levará a novos governos revolucionários.
Os governos de Macri e Duque criticaram Maduro, o responsabilizando pela grave crise econômica que atravessa a Venezuela.
‘País não vai ter um Bolsonaro’
Recentemente, o presidente da Venezuela afirmou que o país “não vai ter um Bolsonaro”, em referência ao presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro. Em discurso no último mês de dezembro, o venezuelano disse que o chavismo vai continuar “por muito tempo”.
Além disso, Maduro voltou a atacar o vice-presidente eleito do Brasil, General Mourão, a quem chamou de “louco da cabeça” e “presidente paralelo”.
Maduro inicia em 10 de janeiro um segundo mandato, de seis anos, após ser reeleito em outubro em votação boicotada por opositores e denunciada por Estados Unidos, União Europeia e vários países da América Latina.
Itamaraty desconvidou Maduro
O Ministério das Relações Exteriores informou na segunda-feira (17) que convidou, e depois desconvidou, os chefes de Estado e de governo de Cuba e da Venezuela para a posse de Jair Bolsonaro em 1º de janeiro. A recomendação, segundo o Itamaraty, partiu da equipe do presidente eleito.
O Itamaraty divulgou a informação ao ser questionado pela GloboNews sobre a situação dos convites para a posse, em Brasília, dos presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e de Cuba, Miguel Díaz-Canel.
Fonte: G1 Mundo