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28 de março de 2024

Anadia/AL, 28 de março de 2024

Brancos ganham 47% a mais que negros em Maceió, revelam dados do IBGE

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 15 de novembro de 2019

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Números do IBGE mostram disparidade entre realidade em Alagoas | FOTO: FELIPE NYLAND

No mês em que se comemora o Dia da Consciência Negra, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou um compilado de dados ligados à raça que revelam a disparidade entre brancos e negros. Os números mostram, entre outras coisas, que, em Maceió, após um mês inteiro de trabalho, o salário recebido por brancos é 47% maior do que o pago a negros. Em Alagoas, brancos recebem, em média, 14% a mais que pretos ou pardos.

Enquanto os trabalhadores brancos da capital alagoana podem contar com, em média, R$ 2.815 após o fim da jornada mensal de trabalho, ao negro é pago apenas R$ 1.497. O estudo “Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil”, foi divulgado ontem. Alagoas é o sexto estado do País com o menor percentual de negros na população.

Ainda segundo o IBGE, a desocupação tem atingido com mais força as pessoas pretas ou pardas em Alagoas, que, inclusive, passou a ser o segundo do País com a maior taxa de pretos ou pardos que estão desocupados entre as pessoas com 14 anos ou mais de idade, perdendo apenas para o Amapá.

A desocupação atinge 17,8% da população negra de Alagoas. Na capital alagoana, o cenário é ainda pior: são 19,1% da população negra desocupada. Maceió é também a segunda pior capital do País em empregabilidade para negros, ficando atrás apenas de Macapá, capital do Amapá.

O cenário ruim para pardos e negros em Alagoas fica mais evidente quando os dados mostram que diminuiu a participação de pretos ou pardos entre os 10% mais ricos. O número passou de 60,8% em 2012 para 48,1% em 2018. Enquanto isso, aumentou o número de negros entre os 10% mais pobres, passando de 80,2% em 2012 para 82% em 2018.

Outro número alarmante é que cresceu em Alagoas o número de pretos ou pardos no grupo dos que estão abaixo da linha da pobreza. Levando-se em conta o rendimento mensal real domiciliar per capita, os dados revelam que a população branca vivendo com até  1,9 dólar por dia passou de 9,5% em 2012 para 11,8% em 2018, enquanto entre as pessoas pretas ou pardas saltou de 12,1% para 19,2%.

Fonte: Gazeta Web

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