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28 de março de 2024

Anadia/AL, 28 de março de 2024

Crise do coronavírus vai empobrecer 35 milhões de pessoas na América Latina, aponta Cepal

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 1 de abril de 2020

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Falta de acesso à água potencializa o coronavírus entre as populações mais vulneráveis (Foto: ABr)

A América Latina já contabiliza mais de 8.000 casos do novo coronavírus. O principal foco é o Brasil, seguido pelo Equador e o Chile. Em reportagem de Icíar Gutiérrez, publicada no jornal boliviano El Diario, informa que a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) estimou que, com a pandemia da Covid-19, o número de pessoas afetadas pela pobreza pode aumentar 35 milhões, passando de 185 milhões para 220 milhões, mais pessoas que toda a população brasileira.

Destes, os que vivem em extrema pobreza passarão de 68 milhões para 90 milhões. Na região, vivem cerca de 620 milhões de pessoas. Isto significa que um terço da população será considerada pobre e cerca de ⅙ viverão na miséria total.

Para a Organização das Nações Unidas (ONU), estes dados são resultado das projeções que prevêem a contração do PIB na região em 1,8% e o aumento do desemprego em dez pontos. Segundo a ONU, isso afetará principalmente os mais pobres, incluindo os que, apesar de não ser considerados pobres, têm renda baixa e pouca poupança.

O coronavírus, segundo as projeções apontadas pela reportagem, afetará a região por meio de cinco vias. Primeiro, com a diminuição nas exportações para parceiros comerciais como a China; Segundo, com a diminuição na demanda turística – o que afeta países que basicamente só têm isso como renda, principalmente no Caribe; Terceiro, o freio à importação de bens utilizados no setor manufatureiro; Quarto, a queda no preço das matérias-primas; Quinto, os efeitos no investimento, como a queda nos índices do mercado de ações.

De acordo com dados de 2017, quase metade da população latino-americana  (46,7%) era composta por pessoas com muita vulnerabilidade para voltar à pobreza, com uma renda mensal per capita entre 110 e 329 dólares.

Para a secretária executiva da CEPAL, “é difícil neste momento indicar quais países correm maior risco de experimentar fortes aumentos na pobreza”. Mas reforça que “isso está relacionado ao grau de difusão da COVID-19, ao impacto em cada economia e ao tipo de resposta por parte dos Governos para mitigar os efeitos sobre a população e no setor produtivo”, ressaltando que o Brasil e a Venezuela são os principais países onde a pobreza aumentou entre 2014 e 2018.

Fonte: Brasil 247


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