Cesta básica fica mais cara para os maceioenses em janeiro
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Para o presidente da Associação dos Supermercados de Alagoas (Asa), Raimundo Barreto, esse aumento ocorre em decorrência de vários fatores, desde períodos de produção à exportação. “Vários produtos tiveram aumento no período de 2020, como leite, arroz, óleo etc, seja por conta de safra ou exportações. Então, esse aumento nas cestas básicas acredito que também reflitam esses aumentos sofridos”, explicou o presidente.
“Isso está acontecendo em todo o Brasil, não tem como fugir desses aumentos. Porém, acredito que agora, em 2021, teremos um cenário melhor mais para frente. O país está produzindo mais arroz, mais soja, então a tendência é que esses produtos sofram diminuição nos preços mais para frente, só precisamos aguardar para ver como as coisas irão acontecer”.
Segundo Maciel dos Santos, gerente de um supermercado no bairro do Farol, na parte alta de Alagoas, o preço de alguns produtos se manteve nas alturas, mas as cestas básicas, apesar de um pouco mais caras, surgem como opção.
“Nós trabalhamos aqui com dois tipos de cestas: as do tipo 1, que são as pequenas, com 19 produtos, sendo normalmente um de cada alimento essencial, como arroz, feijão, macarrão, biscoito, óleo etc. Essas custam R$ 51,49. Já as grandes, aquelas do tipo 2, que possuem um produto a mais de cada essencial, como arroz e feijão, custam em torno de R$ 79,00”, disse o gerente.
“Essas cestas são bastante procuradas em épocas de fim de ano e festividades porque o pessoal usa para doação, por serem completas e terem preços acessíveis. Atualmente, apesar de já terem passado as festas, elas ainda continuam saindo. São uma opção para quem não quer gastar tanto nos produtos individuais, mas não abre mão deles para compor a mesa”, destacou Maciel dos Santos.
Em outro supermercado da capital, desta vez na parte baixa da cidade, no bairro da Ponta Verde, as cestas estão saindo, mas os clientes continuam optando por produtos comprados separadamente, segundo o gerente Josilvado Monteiro. “Acredito que isso se dê, principalmente, porque as pessoas querem levar as marcas que gostam, então escolhem o que não está nas cestas”, explicou.
No supermercado em que Monteiro trabalha, o feijão está custando R$8,50 dependendo da marca, estando o mais barato na faixa dos R$ 5. O preço do arroz oscila entre R$ 4 e R$ 5 o kg; a farinha está custando R$ 3,59 e o açúcar está por R$2,59. “Aqui, apesar de alguns produtos ainda estarem caros, o pessoal não deixa de comprar. Como é o caso do óleo de soja, que custa R$8, mas já chegou a custar R$ 3, e mesmo assim continua saindo”, finalizou o gerente.
Fonte: Gazeta Web