Foto: comunitaitaliana | 11:08
O ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, anunciou nesta quarta-feira que o estado de emergência será prorrogado até 30 de abril e o deslocamento entre regiões será proibida, pois “o vírus voltou a circular perigosamente”, também na chamada zona amarela que até agora tinha pequenas limitações.
Speranza compareceu hoje perante o Parlamento para anunciar as novas medidas que entrarão em vigor a partir do próximo sábado e falou de uma situação grave com um país onde a taxa de contágio de Rt é de 1,03 e a incidência é de mais de 313 casos por 100 mil habitantes.
“Estamos no último quilômetro desta batalha, precisamos de uma colaboração leal, de um esforço unido para combater o vírus: os próximos meses serão difíceis”, acrescentou o ministro, garantindo que “não há outra forma senão a unidade para enfrentar a maior emergência sanitária e econômica e civil desde a guerra”.
Em relação às novas medidas, além de antecipar que o estado de emergência seja prorrogado de 31 de janeiro a 30 de abril, o que permitirá ao governo aprovar decretos com urgência, Speranza confirmou que o sistema de classificação de restrições continuará a ser utilizado para as regiões nas áreas amarela, laranja e vermelha, pois já deu resultados.
Na zona amarela, aquela com menos restrições, no entanto, as viagens entre regiões serão proibidas, restaurantes e bares serão fechados a partir das 18h (hora local) e está previsto que museus fiquem abertos.
A Itália vai introduzir uma chamada zona branca, com menos limitações, para as regiões onde o índice de contágio Rt é inferior a 1 e apenas 50 casos são registrados por 100 mil habitantes.
O ministro alertou que “esta semana há um agravamento generalizado da situação epidemiológica na Itália, com aumentos de internações em unidades de terapia intensiva, índice Rt e surtos desconhecidos” e destacou: “Não se engane: a epidemia está de novo em fase de expansão”.
Roberto Speranza antecipou que 12 regiões estão sob alto risco e que “certamente entrarão na zona laranja”.
Em relação à vacina, o ministro afirmou que a Itália é o país europeu com o maior número de vacinações e apelou à “plena colaboração institucional e ao fim das polêmicas” sobre esta questão.
Ele lembrou que a campanha de vacinação será “uma longa e difícil maratona e não um sprint” e que “ainda há muito a fazer”.
Speranza explicou que tudo dependerá do aumento das doses disponíveis, e está confiante de que isto ocorrerá em pouco tempo com a autorização de novas vacinas como a Johnson & Johnson, que deve chegar no primeiro trimestre de 2021.
Ele também afirmou que os resultados da vacina italiana ReiThera são muito encorajadores.
“Estamos trabalhando em paralelo para organizar forças e a Itália está preparada para ter uma equipe forte: 40 mil médicos vão se juntar e as farmácias também vão colaborar para fornecer as vacinas”, disse.
Fonte: Uol