Arquivo Pessoal | Juliete Rocha mora em Manaus há 5 anos | Hebert Borges | 09:41
Morando em Manaus há 5 anos, a alagoana de Junqueiro Juliete Rocha conta que o atual cenário da cidade é de muito medo e desespero. A capital do Amazonas enfrenta uma segunda onda de contágio da Covid-19. Na última semana, pacientes morreram asfixiados em hospitais devido à falta de cilindros de oxigênio.
Além desses sentimentos, ela conta que, agora, a população se mostra arrependida por ter desobedecido as recomendações sobre manter o isolamento social. Professora universitária, ela conta que “infelizmente, teorias de que a pandemia é uma conspiração, ainda são fortes”.
De acordo com a professora, a cidade chegou à situação em que se encontra, “justamente por terem feito pouco caso dos alertas dos profissionais sérios da saúde”. Ela diz que, por lá, o isolamento social quase não foi percebido. “Muito pelo contrário, houve forte pressão pela flexibilização”, cita.
Aos conterrâneos alagoanos, Juliete Rocha manda um recado: “O que acontece neste início de ano na cidade em que eu moro é uma alerta a todo o país sobre o quanto está nos custando, em vidas, fazer pouco caso da doença”, alerta.
Manaus enfrenta caos na saúde — Ministério da Saúde
Juliete Rocha lembra o tratamento dado pelos cidadãos de Manaus às normas de prevenção. “Observei várias vezes as pessoas usando a máscara sobre o queixo. Os clientes colocam a máscara na entrada dos estabelecimentos que exigiam a entrada com máscara, mas a tiravam em seguida”, cita. “O que tomou visibilidade nesta última semana é uma tragédia anunciada. Em outubro, já era percebido por aqui um aumento de casos, porém, devido à proximidade com o mês das eleições, ocorridas em novembro, pouco foi feito como medida para se antecipar a situação que estamos vivendo agora”, completa.
Ela cita que, mesmo vendo a primeira pessoa vacinada no Brasil como um sinal de esperança, é preciso manter os pés no chão. “A população deve seguir as recomendações sanitárias. Primeiramente, serão vacinados grupos prioritários, acredito que ainda demoraremos a ter as nossas rotinas retomadas”, diz.
Fonte: Gazeta Web
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