Por Roberto Villanova – Foto: Conversa Afiada – 14:02
Há dois meses que o presidente Jair Bolsonaro e o vice-presidente Hamilton Mourão não se falam. Queimado pelo chamado “gabinete do ódio” que assessora o presidente, o general é acusado de vazar à imprensa o teor das reuniões no Palácio do Planalto.
Por isso, Mourão não foi convidado para a reunião ministerial esta semana. Bolsonaro também discute convidar o prefeito de Salvador, ACM Neto, para ser o candidato a vice na eleição de 2022 e, para afagá-lo, anunciou que convidou o deputado baiano João Roma, aliado de ACM Neto, para ocupar o Ministério da Cidadania.
Na verdade, o presidente se sente incomodado com o despreendimento do general e a facilidade como Mourão se comunica com a imprensa. O general é apenas mais uma vítima do presidente, que já investiu, pelo mesmo motivo, contra o então ministro da Saúde, Henrique Mandetta, que vinha se destacando em meio ao marasmo do governo.
Além disso, Mourão assumiu o protagonismo junto à ala militar que se contrapõe à política de Bolsonaro e tem feito criticas ao presidente pelo posicionamento considerado genocida em meio à pandemia, ora negando a gravidade da doença, ora estimulando a contaminação.
Exatamente por isso, Bolsonaro agora se desdiz e passou a defender a vacinação em massa, chegando a negar ter contribuído para a contaminação, de ser contrário ao isolamento social, e – pasmem -, até negar ter feito declarações contras à vacinação, quando está tudo devidamente registrado pela imprensa e nas redes sociais.
Fonte: Blog do Bob
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