Por: Roberto Villanova <> Foto: Brasil de Fato
Há o clima de conspiração irradiando-se em Brasília e que, agora com a nota do Clube Militar apoiando o deputado Daniel Silvestre, se pode identificar o foco de onde se irradia essas ideias golpistas.
O deputado Daniel Silvestre, antes de ser deputado, foi também o soldado Lúcio, da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Aliás, a PM não o queria na corporação, porque ele já tinha sido processado por roubar o carimbo, com o qual fraudava as justificativas para faltar ao trabalho como cobrador de uma empresa de ônibus.
Mas, por decisão judicial, a PM foi obrigada a incorporá-lo. Elegeu-se deputado com a sobra dos votos obtidos pelo deputado Eduardo Bolsonaro, mas na Câmara é pouco sociável, não ampliou o circulo de amizade e é considerado uma figura estranhas.
Figura estranha, menos para a nota do Clube Militar que preferiu ver na prisão dele o ataque à liberdade de expressão, o que é absurda comparação, e também fazendo comparações descabidas com situações como a facada no presidente.
Diz-se que quando o Clube Militar se manifestou em 1964, houve o golpe militar, e é verdade. Mas, também é verdade que havia na época vários fatores contribuindo para aumentar a paranóia, tais como a revolução cubana com Fidel Castro e Che Guevara como verdadeiros heróis para a juventude inquieta; teve o episódio da tentativa de invasão, rechaçada pelos cubanos, pela Baía dos Porcos e ainda o episódio dos misseis soviéticos, além, obviamente, tinha a guerra fria.
E, ainda, tinha o embaixador norte-americano no Brasil, Lincoln Gordon, que garantiu o golpe de 64, diferente de hoje, quando não há clima nenhum. Em nome de quem se daria o golpe e, principalmente, para manter quem no poder?
Claro que é possível que apareça o voluntário para dar o golpe, mas antes é aconselhável consultar o Joe Biden, porque ele pode não gostar de bagunça no quintal da casa dele.
Fonte: Blog do Bob