A taxa de desemprego encerrou o ano de 2020 em 13,9%, segundo dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) divulgados nesta sexta (26) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). É o maior número desde o início da série história, em 2012.
O ano passado terminou com uma média de 13,4 milhões de desempregados, 6,7% a mais que em 2019
O trimestre encerrado em dezembro foi o último em que houve liberação do auxílio emergencial de R$ 300 (em janeiro, houve liberação de saque de parcelas residuais). Em novembro, a taxa seguiu estável no trimestre encerrado em novembro, em 14,1%, mantendo o patamar recorde de 14 milhões de pessoas desocupadas. Desde que o valor do benefício foi reduzido de R$ 600 para R$ 300, a taxa de desemprego passou a sofrer maior pressão, com um número maior de pessoas em busca de uma vaga.
O número de trabalhadores com carteira assinada teve redução recorde – menos 2,6 milhões -, ficando em 30,6 milhões de pessoas, o menor número desde 2012.
O governo busca uma solução para o retorno do benefício. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quinta-feira (25) que pretende pagar R$ 250 em uma nova rodada de auxílio prevista para ser iniciada em março. A liberação, contudo, depende da aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) Emergencial, que estava prevista para ser votada no Senado nesta quinta (25), mas foi adiada para a próxima semana por divergências quanto ao fim do piso de gastos em saúde e educação -mudança que consta na PEC.
O ano de 2020 foi marcado pela chegada da pandemia de Covid-19 no Brasil, que a partir do mês de março exigiu medidas de isolamento social, adotadas para evitar a disseminação da doença. As iniciativas impuseram o fechamento de comércio e serviços, setores que mais empregam na economia brasileira.
O numero de trabalhadores domésticos, por exemplo, encolheu 19,2%, maior retração já registrada. Já a taxa média de informalidade recuou de 41,1% em 2019 para 38,7% em 2020;
População ocupada
Na média anual, a população ocupada diminuiu em 7,3 milhões de pessoas, para 86,1 milhões, chegando ao menor número da série anual.
No 4º trimestre, a população ocupada, porém aumentou 4,5% (mais 3,7 milhões de pessoas) em relação ao trimestre anterior, chegando a 86,2 milhões.
Fonte: Yahoo / Finanças
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