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28 de março de 2024

Anadia/AL, 28 de março de 2024

Presidente da Anvisa culpa médica Nise Yamaguchi por proposta de mudança na bula da cloroquina

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 11 de maio de 2021

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(Foto: Divulgação) | 12:56

Em depoimento na CPI da Covid, nesta terça-feira (11), o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, confirmou que o Palácio do Planalto tinha uma minuta sugerindo a inclusão da cloroquina um dos medicamentos para ser usado contra a Covid-19. Em sua fala, Torres afirmou que a médica Nise Yamaguchi foi a principal entusiasta do uso do remédio, sem eficácia comprovada pela comunidade científica. 

O dirigente afirmou que a médica estava “mobilizada” pela mudança da bula. “Aquilo me provocou uma reação deseducada. Falei que não poderia acontecer. Isso não tem cabimento. Só que pode modificar a bula é a agência reguladora do País, mas desde que solicitado pelo laboratório depois de estudos clínicos, disse.

“Na minha visão não está contemplada essa medicação. (Minha avaliação) contempla testagem e diagnóstico precoce”, disse ele, que negou defender o tratamento precoce contra a Covid-19. 

O dirigente afirmou que houve uma reunião com Braga Neto, quando o general era ministro da Casa Civil, (atualmente está na Defesa), com Luzi Henrique Mandetta (então Ministro da Saúde), Nise Yamaguchi (médica defensora da cloroquina) e outro mais um médico, cujo nome não se recorda).

Em referência à cloroquina, o presidente da Anvisa afirmou que “existe um estudo em aberto, que avalia dados de uso em casos leves, com previsão para acabar em dezembro”. “Estudos apontam a não eficácia comprovada”, acrescentou.

Em depoimento na CPI da Covid no Senado, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta havia dito que a ordem referente ao uso de hidroxicloroquina no tratamento precoce contra a Covid-19 não partiu da pasta. “Havia um papel não timbrado com informações sugerindo que se mudasse a bula da cloroquina na Anvisa e o próprio presidente Barra Torres que disse ‘isso não’. Alguém botou aquilo em formato de decreto”, disse.

Fonte: Brasil 247 

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