Anadia/AL

19 de março de 2024

Anadia/AL, 19 de março de 2024

Surgimento de ‘sal’ em casas no Flexal de Baixo intriga moradores

Local está fora da área de monitoramento devido ao afundamento; fenômeno similar ocorreu há 2 anos em imóveis no Bom Parto

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 4 de agosto de 2021

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Moradora do Flexal de Baixo mostra substância na parede da residência; fenômeno começou há três meses (Foto: Edilson Omena)

O aparecimento de salitre nas paredes de imóveis na região do Flexal de Baixo, no bairro de Bebedouro, em Maceió tem intrigado moradores. O local está fora da área de monitoramento e realocação devido ao afundamento de solo. Moradores temem que seja um indício de que a situação esteja se agravando e atingindo novas áreas.

Malbete Santos Correia mora há 53 anos na mesma residência. Ela conta que o fenômeno começou há cerca de três meses. No início, a moradora estranhou a situação, mas não esperava que fosse se agravar. A família afirma que durante todo esse tempo isto nunca havia ocorrido.

“Como vinha aparecendo essa substância eu postei nos grupos para tentar entender o que estava acontecendo. Os únicos prejudicados somos nós pela mineradora e mais ninguém tem culpa disso. É ela que está prejudicando a maioria da população de Bebedouro. É um tudo que causa essa situação que a gente está, independente se estiver em área de realocação ou não”, diz Michele, filha de Malbete.

Michele acrescenta que a família não associou de imediato ao problema do afundamento de solo porque a casa apresenta “apenas” uma rachadura. Até agora a rua Tobias Barreto, onde mora Malbete e a família, já são duas casas na mesma situação.

A Defesa Civil de Maceió esteve no local nesta terça-feira (3). Em nota o órgão afirmou que ainda não é possível determinar as causas para o fenômeno.

“A Defesa Civil de Maceió informa que vistoriou duas residências na região do Flexal de Baixo, em Bebedouro, onde foi constatada presença de material de cor branca, além de grande concentração de umidade e infiltrações nas paredes das unidades. As equipes de monitoramento da Defesa Civil realizarão estudos para identificar a causa”

Fora do mapa de realocação a situação das famílias é incerta. Não há detalhes sobre o que pode ocorrer na região.

“A Defesa Civil destaca ainda que os imóveis se encontram fora do Mapa de Linhas de Ações Prioritárias 04 – que delimita a área afetada diretamente pela instabilidade de solo provocada pela mineração – e, pela proximidade da Lagoa Mundaú, sofrem impacto da movimentação do nível da maré, que invade parte do terreno”, diz o órgão.

REINCIDÊNCIA

Não é a primeira vez que ocorre surgimento de sal em paredes de imóveis dos bairros afetados por afundamento. Em 2019, no Bom Parto diversos imóveis foram afetados. Meses depois a região passou a sofrer com intensificação das rachaduras e posteriormente foi realocada.

Fonte: Tribuna Hoje

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