O corregedor-geral da Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luis Felipe Salomão, decidiu que as investigações sobre o possível financiamento de uma invasão hacker que teria turbinado a candidatura do presidente Jair Bolsonaro em 2018 deve continuar. A informação foi antecipada pelo Valor Econômico.
As suspeitas são centro de duas ações que tramitam no tribunal e que podem levar à cassação da chapa de Bolsonaro e de seu vice, Hamilton Mourão.
No despacho, o magistrado esclareceu que atendeu a um pedido apresentado na semana passada pelo Ministério Público Eleitoral. Os processos são de autoria das coligações dos então candidatos Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (Psol).
O vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, disse ser preciso esclarecer supostas transações indevidas, no valor de 36 mil reais, feitas pelo principal suspeito da invasão à comunidade por meio de uma plataforma de pagamento virtual.
As suspeitas sobre esse financiamento foram trazidos aos autos pelo advogado de Marina, Rafael Mota. Segundo a petição, os indícios podem “demonstrar que os atos criminosos foram patrocinados por terceiros, os quais, de forma organizada, estavam interessados em suprimir a livre e democrática manifestação de mulheres, em benefício da campanha do então candidato à Presidência Jair Bolsonaro.”
Fonte: Carta Capital