O delegado da Polícia Federal Bruno Calandrini pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a realização de busca e apreensão em endereços do procurador-geral da República, Augusto Aras, do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do advogado Ticiano Figueiredo, informou a Folha de S.Paulo.
Calandrini é o delegado responsável pela investigação que prendeu o ex-ministro Milton Ribeiro em junho deste ano.
Os pedidos do delegado da PF contra Aras, Guedes e Figueiredo foram negados pelo ministro Luis Roberto Barroso, relator do inquérito no STF. A requisição foi feita no âmbito de um inquérito que investiga o senador Renan Calheiros (MDB) por supostos desvios no Postalis, fundo de pensão dos Correios.
Em maio deste ano, o advogado de Guedes (Figueiredo) tentou marcar uma reunião com Aras para tentar evitar um depoimento do ministro da Economia à PF – o pedido foi vazado sem querer pelo procurador-geral em seus status no WhatsApp. Os textos foram excluídos por Aras minutos após a publicação.
A conversa vazada foi o motivo utilizado pelo delegado para solicitar a busca e apreensão, assim como uma perícia no celular de Aras – o que foi negado por Barroso.
Cinco dias depois, a PGR se manifestou no inquérito contra o depoimento de Guedes, o que foi seguido pelo ministro Barroso (que agora negou o pedido do delegado Calandrini) em 31 de maio.
*Brasil 247