Por: André Hernan e Felipe Silva
Patrick Kluivert, ídolo do Barcelona e atualmente técnico de futebol com passagens por Adana Demirspor-TUR e a seleção de Curaçau, está surpreso com o atual desempenho da seleção brasileira nas Eliminatórias da Copa do Mundo.
O ex-atacante holandês acredita que craques como Vinícius Júnior, Raphinha e Rodrygo não estão tendo todo seu potencial explorado na amarelinha e, por isso, ‘algo não funciona’.
“Se você vê os jogadores individuais que estão em times impressionantes, é um pouco estranho ver que os resultados do Brasil estão agora um pouco baixos. Você vê Vinícius, Raphinha, Rodrygo e muitos outros jogadores que participam de um time como o Brasil, não pode ser que os resultados não acompanham o que estão fazendo em seus times onde jogam. Então, algo na equipe não funciona”.
Mas caso a CBF opte pela mudança de comando técnico no futuro, Kluivert já se mostra como um entusiasta para substituir Dorival Júnior: “100% (Se pudesse treinar a seleção). Se me chamarem agora, pego o avião”.
“Se me der a oportunidade de treinar, eu, no Brasil, ficaria muito feliz, porque um treinador sonha com esses jogadores no seu time. E por quê? Por que não está funcionando? Talvez tenha tantas estrelas juntas, mas isso não pode ser o problema, eu acho”.
Vini Jr, Bola de Ouro?
A premiação da Bola de Ouro acontecerá nesta segunda-feira (28), às 16h, em Paris. Vini Jr desponta como o favorito para ganhar o troféu e, segundo Kluivert, merecidamente.
De acordo com o holandês, o atacante brasileiro tem feito a diferença no futebol mundial e é um dos líderes do Real Madrid, o que o credencia a ganhar o título de melhor jogador do mundo.
“Eu acho que o Vinicius merece o prêmio da bola de ouro e eu acho que ele vai conseguir, porque ele é um dos líderes no Madrid. No momento ele está marcando a diferença para o time, então, do meu ponto de vista, o Vini merece”.
“Tudo o que o Raphinha toca se sai muito bem”
Se na ponta-esquerda Vini Jr brilha, o compatriota Raphinha, do rival Barcelona, não fica muito para trás. Com 17 participações em gols na atual temporada, o atacante dos Culés vive grande fase e encanta o Kluivert.
“Eu sempre tive uma boa sensação com o Raphinha, mas nesse momento, nas últimas partidas, as coisas estão saindo muito bem para Ele. Eu acho que em algumas partidas ele tem jogado no meio-campo, mas começa na esquerda. Eu acho que ele tem a liberdade do Hansi Flick de buscar o espaço, a debilidade de um oponente. Então, ele está buscando espaços, os pontos fracos de um oponente e ele pode entrar nos espaços muito fácil, ele é muito rápido, muito boa finalização”.
“Tudo o que o Raphinha toca se sai muito bem”. Receber um elogio de um dos maiores ídolos do clube que você joga é para poucos, e Raphinha agora pode dizer com orgulho isso.
“Quando você vê os gols contra o Bayern de Munique eu acho que são de muita qualidade. Como ele está jogando agora, se vai à esquerda ou meia ponta. Tudo o que o Raphinha toca se sai muito bem e estou muito feliz de ver que ele está gostando do futebol e que ele marca a diferença de verdade no Barcelona nesse momento”.
O primeiro grande rival
Logo no seu início de carreira, Kluivert dividiu os holofotes na Holanda com uma promessa do futebol mundial, mas que já era campeão da Copa do Mundo: Ronaldo Fenômeno.
Um pelo PSV, outro pelo Ajax, mas uma coisa era certa: bola na rede. Apesar da rivalidade dentro das quatro linhas, o ídolo do Barcelona não esconde a admiração pelo brasileiro, o qual tem o prazer de chamar de amigo nos dias de hoje.
“O Fenômeno, para mim, foi um dos melhores atacantes que já vimos na minha época de futebol. Eu acho que tivemos a mesma idade quando ele jogava no PSV, eu jogava no Ajax, e com várias coisas que já vivemos juntos. Quando ele tinha 18 anos e jogou no PSV, no Inter, no Barcelona, a qualidade do Ronaldo Fenômeno para mim é uma das melhores que eu já vi na minha vida. Agora mesmo estamos amigos. Tenho uma boa relação com ele. Nós nos vemos frequentemente em eventos e estamos sempre juntos. Compartilhamos histórias de vários países. Para mim, ele é um exemplo”.
Kluivert na Série A do Brasileirão?
O ex-jogador holandês elogiou o nível da competição nacional e afirma: se houver a chance, não recusaria o convite.
“Na minha época não havia tanta vontade de ir ao Brasil. Mas agora, se eu olhar agora, eu gostaria de ir. Além disso, agora que sou treinador, eu gostaria, se houver a possibilidade, de treinar um time brasileiro?porque vejo muita qualidade nesse momento no Brasil”.
Redação com Uol/ Esportes
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