Anadia/AL

23 de março de 2025

Anadia/AL, 23 de março de 2025

De Neymar a Gabigol, jogadores se unem em campanha contra gramado sintético

''A mensagem dos jogadores dá a entender que a insatisfação é mais com os efeitos do sintético na qualidade do jogo''

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 18 de fevereiro de 2025

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(Foto: Repodução @SantosFC)

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Por: Igor Siqueira

Um grupo de jogadores declarou guerra aos gramados sintéticos no Brasil e iniciou uma campanha nas redes sociais.

O que aconteceu

Nomes como Neymar (Santos), Thiago Silva (Fluminense), Lucas Moura (São Paulo), Gabigol (Cruzeiro), Gerson (Flamengo), Cássio (Cruzeiro), Coutinho (Vasco), Bruno Henrique (Inter) e Alan Patrick (Inter) usaram seus perfis nesta terça-feira para publicar a mesma mensagem contrária aos campos artificiais.

“Futebol profissional não se joga em gramado sintético” é o lema principal desse movimento.

Na Série A do Brasileirão, os times que têm gramado sintético (ou estão em fase de mudança) são: Palmeiras, Botafogo e  Atlético-MG.  

O texto dos jogadores

Preocupante ver o rumo que o futebol brasileiro está tomando. É um absurdo a gente ter que discutir gramado sintético em nossos campos.

Objetivamente, com tamanho e representatividade que tem o nosso futebol, isso não deveria nem ser uma opção. A solução para um gramado ruim é fazer um gramado bom, simples assim.

Nas ligas mais respeitadas do mundo os jogadores são ouvidos e investimentos são feitos para assegurar a qualidade do gramado nos estádios. Trata-se de oferecer qualidade para quem joga e assiste.

Se o Brasil deseja definitivamente estar inserido como protagonista no mercado do futebol mundial, a primeira medida deveria ser exigir qualidade do piso que os atletas jogam e treinam.

FUTEBOL PROFISSIONAL NÃO SE JOGA EM GRAMADO SINTÉTICO!

Gramado sintético do Nilton Santos foi elogiado até por adversários do Botafogo
Gramado sintético do Nilton Santos foi elogiado até por adversários do BotafogoImagem: Vitor Silva / Botafogo

Qual a discussão

Outros jogadores, além dos já citados, também publicaram as mensagens. Mas quem abriu a discussão nas redes é um grupo de jogadores tarimbados, com passagem pela seleção ou pelo futebol europeu.

A publicação dos jogadores acontece às vésperas do conselho técnico da Série A, quando os clubes definem os itens do regulamento do Brasileirão. A CBF já soltou uma versão do documento, mas pode fazer alterações até um mês antes do início da competição. A Série A começa em 29 de março.

Ano passado, a Federação Nacional dos Atletas de Futebol (Fenapaf) chegou a fazer um movimento contra os gramados sintéticos, tentou emplacar o tema no conselho técnico, mas o movimento não ganhou corpo.

O que ficou aprovado em relação ao assunto foi a previsão de que os times possam fazer um treino de reconhecimento até 24h antes dos jogos pelo Brasileirão.

Em 2017, os clubes chegaram a aprovar no conselho técnico uma medida restritiva ao gramado sintético. Foi um movimento puxado por Eurico Miranda, então presidente do Vasco. A proibição ficaria completa em 2018. Só que veio o ano seguinte e a medida foi revertida, em um contra-ataque de Mario Celso Petraglia, do Athletico.

Por que sintético?

Gramado sintético é algo aprovado e certificado pela Fifa.

Os clubes no Brasil passaram a adotar grama sintética para facilitar a realização de shows e eventos e também pela dificuldade de alguns de manter um gramado em boas condições ao longo da temporada.

O primeiro da elite a fazer isso foi o Athletico, que no momento está na Série B.

O advento das arenas e as novas coberturas, que dificultam a irradiação do sol, são itens que aceleraram essa questão.

Houve uma onda de elogios recentes ao gramado usado pelo Botafogo, por exemplo, que tem uma composição diferente da do Athletico.

Mas o tema nunca foi unânime.

“A Fenapaf já vem batendo nisso há um bom tempo. Nós sempre defendemos que o campo sintético tem muitos riscos aos atletas. Inclusive, deixando claro em arbitrais de competições feitos pela CBF que não concordamos com o gramado sintético”, disse Jorge Borçato, presidente da Fenapaf.

Redação com Uol/ Esporte

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