Anadia/AL

10 de novembro de 2024

Anadia/AL, 10 de novembro de 2024

Falcão: “Brasil x Argentina é uma final de Copa que queria ter jogado”

Bicampeão mundial lembra semifinal de 2012, na qual fez dois gols para eliminar arquirrivais.

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 5 de outubro de 2024

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Falcão em ação na semifinal entre Brasil e Argentina, na Copa do Mundo de Futsal 2012. Lars Baron/Getty Images/FIFA

Bicampeão mundial de futsal e tido por muitos como o melhor jogador de todos os tempos, Falcão tem longo histórico contra a Argentina em quadra. Porém, jamais encontrou os arquirrivais sul-americanos numa final de Copa do Mundo. Este privilégio será exclusividade da atual Seleção Brasileira da modalidade, neste domingo às 12h (horário de Brasília) em Tashkent, Uzbequistão. A TV Globo e o sportv transmitem ao vivo; o ge acompanha em Tempo Real com vídeo ao vivo.

O craque admite que gostaria de ter tido esta oportunidade também.

– Essa final entre Brasil e Argentina para quem ganhar vai ser uma brincadeira eterna e para quem perder vai ser o contrário. Mas acredito que um Brasil x Argentina em uma rivalidade dentro do normal é muito bacana. O mundo inteiro admira essa rivalidade. É uma final que eu queria ter jogado, infelizmente não aconteceu. Que essa geração agora, tanto do Brasil quanto da Argentina, aproveite esse momento – disse o ex-jogador em entrevista ao site oficial da Fifa na sexta-feira.

Apesar disso, Falcão tem muitos confrontos históricos contra a Argentina no currículo, como a final dos Jogos Pan-Americanos de 2007 e a semifinal da Copa do Mundo de 2012. Este último, segundo o próprio, é o jogo mais marcante de sua carreira.

– Tive uma lesão no primeiro jogo, Brasil x Japão, e eu não sabia se me recuperaria. Eu entro no jogo contra o Panamá, um jogo antes, faço um gol, mas depois nos vídeos a gente vê que eu estava mancando um pouquinho. A comissão técnica não contava comigo e eu também não contava mais que iria jogar. A Argentina fez 1 a 0, 2 a 0… Quando faltavam dez minutos, eu já naquela adrenalina do jogo, os jogadores vieram perguntar para mim e eu falei que nem estava lembrando da lesão. A comissão técnica veio falar comigo, o Marcos Sorato junto com o Vander. E eu falei: me deixa ir.

– Logo que eu entro, um torcedor entra para me abraçar. Eu já estava com um olho parado, e o torcedor põe o dedo no meu outro olho. Fico sem enxergar nada. Eu saio, jogo um colírio e quando volto o Neto faz o 2 a 1. Faltando três minutos e meio eu empato, 2 a 2. Depois, na prorrogação, eu faço 3 a 2. Até os argentinos me falaram: “Chegamos a três finais seguidas, mas poderiam ser quatro, só que você não deixou”.

O bicampeão mundial espera um jogo tão duro no domingo quanto aquela semifinal de 2012 e vê um equilíbrio intenso entre os dois lados. Considera a Seleção Brasileira mais técnica, mas vê os argentinos com um conjunto mais forte. Na hora da decisão, espera que o vencedor seja o mesmo do jogo de 12 anos atrás.

– Acredito que é 50% para cada um, o Brasil tem coisas que a Argentina não tem, e a Argentina tem coisas que o Brasil não tem. Isso acaba equilibrando muito o jogo. Acredito que é 50% para cada um, mas eu como brasileiro, espero que seja 51% para o Brasil e a gente possa ser campeão – concluiu Falcão.

Redação com GE — Tashkent, Uzbequistão

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