Por Henrique Rodrigues
A aviação de caça israelense continua a bombardear Beirute já na madrugada de sábado (28), no horário local, após um devastador ataque no fim da tarde desta sexta-feira (27) que derrubou seis edifícios e colocou abaixo um quarteirão inteiro na região sul da capital libanesa. A intenção, admitiu o porta-voz das IDF (Forças de Defesa de Israel, na sigla em inglês), almirante Daniel Hagari, era matar o líder máximo do grupo islâmico Hezbollah, Hassan Nasrallah, que estaria num bunker abaixo da zona atacada. Agências internacionais e interlocutores da facção paramilitar afirmam que ele sobreviveu e está bem.
No bombardeio da madrugada, um novo quarteirão foi totalmente destruído e dois prédios desabaram. Nos dois ataques, reporta a imprensa árabe do Oriente Médio, foram usadas bombas “bunker buster”, de fabricação norte-americana. São artefatos especiais para perfurar edificações e superfícies de rocha ou concreto e atingirem os abrigos subterrâneos.
Inúmeros vídeos registrados por moradores de Beirute mostram vários pontos da cidade em chamas, iluminando a escuridão da noite. Há vários pontos da capital que estão sem luz e os militares israelenses estão enviando mensagens, em papel e por meios digitais, para que todos os moradores abandonem imediatamente inúmeras localidades do principal aglomerado urbano do Líbano.
O presidente dos EUA, Joe Biden, que reiteradamente está sendo “desobedecido” por Benjamin Netanyahu, que declarou em pronunciamentos e até em seu discurso no púlpito da ONU que seguirá com os ataques, afirmou que “não sabia nada sobre o ataque” a Beirute e que estava procurando se informar para entender o que estaria ocorrendo.
As autoridades libanesas, assim como os veículos israelenses e de países árabes, ainda não sabem informar a extensão do número de vítimas fatais e feridas nos ataques. No primeiro bombardeio, ainda à luz do dia, pelo menos dois mortos e 76 feridos foram confirmados pelo Ministério da Saúde do Líbano, que emitiu um comunicado informando que seria impossível naquele momento dar sequência aos trabalhos de resgate.
Redação com Revista Fórum