Anadia/AL

23 de março de 2025

Anadia/AL, 23 de março de 2025

Nasa revela continentes e regiões onde meteoro 2024 YR4 pode cair ; saiba quais

Novos cálculos astronômicos sugerem que a rocha espacial tem uma pequena chance (cerca de 0,3%) de atingir a Lua.

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 20 de fevereiro de 2025

G1

Legenda: Imagem do bólido gravado dentro de um automóvel em Portugal - Foto: Disponível no X por Iain Cameron

O meteoro 2024 YR4 tem mantido astrônomos e astrofísicos em alerta desde sua descoberta em 27 de dezembro do ano passado.

De acordo com as primeiras análises, havia uma chance de 2,3% de impacto com a Terra em 2032, com o asteroide passando a uma distância crítica do planeta. Nesse cenário, um cientista da NASA indicou as regiões que poderiam ser atingidas.

David Rankin, engenheiro do Projeto Catalina Sky Survey da NASA, apresentou a hipótese do “corredor da morte” — uma área que percorre o globo e é considerada a provável rota de colisão do meteorito.

Embora a NASA tenha reduzido a probabilidade de impacto para 1 em 43, o risco ainda é considerado significativo o suficiente para que seus principais telescópios sejam direcionados para monitorar o 2024 YR4. A ameaça é classificada com nível 3 na Escala de Risco de Turim, o que indica perigo moderado.

Áreas em possível risco de impacto

Segundo os cálculos de Rankin, as possíveis regiões atingidas pelo asteroide incluem:

  • Extremo norte da América do Sul
  • Sul da Ásia
  • Mar Arábico
  • Norte da África
  • Oceano Pacífico

O local exato dependerá da posição da Terra no momento do impacto. O asteroide, de acordo com Rankin, poderia atingir uma velocidade de cerca de 60 mil km/h.

Entre os países que poderiam ser afetados estão: Índia, Venezuela, Paquistão, Equador, Bangladesh, Etiópia, Colômbia, Sudão e Nigéria. No entanto, especialistas alertam que não há razão para pânico, uma vez que o impacto ainda é uma possibilidade remota.

Estratégias defensivas possíveis

Se a trajetória do meteorito se confirmar, três possíveis soluções estão sendo estudadas:

  • Explosões nucleares para desviar ou fragmentar o meteorito
  • Lasers solares para alterar sua trajetória
  • Impactadores cinéticos, projetados para colidir e mudar o curso do asteroide

Essas opções serão consideradas caso a rota do meteorito não seja alterada até 22 de dezembro de 2032, data estimada para o possível impacto.

Antes de sua aproximação crítica em 2032, o 2024 YR4 passará próximo à Terra em dezembro de 2028. Essa passagem será crucial para analisar as características do meteorito. Estimativas preliminares, com base na reflexão de sua luz, sugerem que ele tem entre 40 e 90 metros de diâmetro, conforme informado pelo jornal La Nación.

Se ocorrer um impacto, a área afetada pode atingir até 2.150 km², o que equivale a cerca de 11 vezes o tamanho de Buenos Aires. O efeito seria semelhante ao evento de Tunguska, que devastou uma grande área da floresta siberiana em 1908.

Para obter dados mais precisos, a NASA planeja observar o meteorito com o Telescópio Espacial James Webb no início de março. Esse estudo será essencial, já que telescópios convencionais não conseguem captar claramente a luz emitida pelo objeto.

Em maio, novas observações com o mesmo telescópio serão realizadas para monitorar possíveis mudanças na posição do meteorito, uma vez que, em abril, ele estará fora do alcance dos equipamentos terrestres.

Chances de o meteoro colidir com a lua

Novos cálculos astronômicos sugerem que a rocha espacial tem uma pequena chance (cerca de 0,3%) de atingir a Lua.

“Há a possibilidade de que isso ejete algum material de volta que poderia atingir a Terra, mas duvido muito que isso causaria qualquer grande ameaça”, disse David Rankin, engenheiro de operações da Universidade do Arizona.

Em 7 de fevereiro, as chances do asteroide colidir com a Terra quase dobraram, passando de 1,2% para 2,3%. Segundo a agência espacial norte-americana (Nasa), estima-se que o 2024 YR4 tenha cerca de 40m a 90m de largura. O Telescópio Espacial James Webb observará o asteroide em março de 2025 para avaliar melhor o tamanho dele.

“Este objeto é de particular interesse por dois motivos: é grande o suficiente para causar danos localizados no caso improvável de atingir a Terra e embora tenha uma chance muito pequena de impacto na Terra em 2032, ele ultrapassou o limite de probabilidade de impacto de 1% para garantir a notificação formal a outras agências do governo dos EUA envolvidas na defesa planetária”, informou a Nasa.

* ICL Notícias

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