Por Fernanda Penotti
O Sol já se pôs pela última vez neste ano na Antártida, no Polo Sul, e até março do ano que vem o continente deve ficar iluminado pelos raios solares 24 horas por dia, causando o fenômeno que chamamos de “Sol da meia-noite“.
Enquanto isso, no Ártico, localizado no Polo Norte, é o escuro que predominará a qualquer momento do dia, já que o Sol não consegue subir acima do horizonte durante a “noite polar“.
O que causa o Sol da meia-noite?
O motivo pelo qual as estações do ano são diferentes no Hemisfério Norte e no Hemisfério Sul é porque a Terra gira em torno do Sol com uma inclinação de 23,5°, o que faz com que um dos hemisférios fique mais próximo do Sol durante metade do ano e o outro durante a outra metade.
Também é isso que faz com que os dias sejam mais longos durante o verão e mais curtos durante o inverno. Nos polos do nosso planeta, no entanto, essa situação é levada ao extremo, fazendo com que o Sol deixe de se pôr durante metade do ano e deixe de nascer durante outra.
O Sol da meia-noite não quer dizer que o astro fique imóvel no céu, o Sol ainda pode ficar mais alto ou mais baixo no céu, e até mesmo em um estado de crepúsculo prolongado próximo ao horizonte, ele apenas não se põe.
Onde o fenômeno ocorre?
Entre outubro e março, o Sol da meia-noite ocorre em todos os territórios localizados abaixo do Círculo Polar Antártico. Entre abril e setembro, em todos os territórios localizados acima do Círculo Polar Ártico.
A duração do fenômeno depende da latitude exata onde se está localizado, quanto mais próximo aos polos, mais tempo de duração.
Embora não existam habitantes permanentes na Antártida, apenas pesquisadores e cientistas que se estabelecem lá de maneira provisória, os moradores de países do Ártico – como a Finlândia, Noruega, Suécia, Canadá e Groenlândia – são obrigados a se acostumar com os dias e as noites sem fim no auge do verão e inverno.
Redação com CNN
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