Vários jornais israelenses divulgaram a carta dos reservistas, que não é a primeira do tipo. No entanto, o número de signatários deste documento – 970 – causa impacto.
Após ameaças para impedir sua publicação, o Estado-Maior e o Ministério da Defesa de Israel decidiram se desligar dos reservistas atualmente mobilizados. “Com o pleno apoio do Chefe do Estado-Maior, o Comandante da IAF (Forças Aéreas Israelenses) decidiu que todo reservista ativo que assinou a carta não poderia continuar a servir”, declarou a autoridade à agência AFP.
De acordo com esses reservistas, a guerra agora serve a “interesses políticos e pessoais”. Um argumento frequentemente ouvido entre a oposição política e alguns parentes de reféns. Para o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, os signatários são “extremistas marginalizados”.
Foco na libertação dos reféns
No entanto, essa carta não faz um apelo a uma recusa geral de servir o Exército, de acordo com os militares que a assinaram. Ela solicita ao governo israelense que priorize a libertação dos reféns em vez de continuar a guerra: “A continuidade da guerra”, dizem os signatários, “resultará na morte dos reféns, dos soldados e dos civis inocentes.”
Vários reservistas já haviam se recusado a retornar a Gaza, onde especialistas da ONU afirmaram que os métodos de guerra israelenses “correspondem às características de um genocídio”.
No mês passado, dois soldados israelenses que protestavam contra a retomada dos bombardeios foram enviados de volta a Israel pela chefia.
Fonte: RFI