“Takeshi Ebisawa, de 60 anos, do Japão, se declarou culpado em Manhattan, Nova York, de conspirar com uma rede de associados para traficar materiais nucleares, incluindo urânio e plutônio de grau militar, de Mianmar para outros países, além de envolvimento em tráfico internacional de narcóticos e acusações relacionadas a armas”, informa o site do Departamento de Justiça dos EUA.
Takeshi Ebisawa e o coacusado Somphop Singhasiri, da Tailândia, foram indiciados em abril de 2022 por tráfico de drogas e crimes relacionados a armas de fogo, permanecendo em prisão preventiva.
Em fevereiro de 2024, Ebisawa foi também acusado de conspirar para vender material nuclear destinado para a fabricação de armas e entorpecentes letais vindos de Mianmar, além de comprar armamento militar em nome de um grupo insurgente armado, segundo a promotoria de Nova York.
“Como admitiu hoje perante o tribunal federal, Takeshi Ebisawa traficou descaradamente material nuclear, incluindo plutônio para armamento, a partir de Mianmar”, declarou o promotor federal em exercício Edward Kim.
“Simultaneamente, trabalhou para enviar grandes quantidades de heroína e metanfetamina para os Estados Unidos em troca de armamento pesado, como mísseis terra-ar, para uso nos campos de batalha de Mianmar”, acrescentou.
Em 2020, Ebisawa gabou-se a um agente infiltrado de ter acesso a materiais nucleares que planejava vender, fornecendo fotografias dos materiais ao lado de contadores Geiger que registravam a radiação.
“Yellow cake”, concentrado de urânio
Durante uma operação com agentes infiltrados, as autoridades tailandesas ajudaram os investigadores americanos a apreender duas substâncias em pó amarelo que Ebisawa descreveu como “yellowcake”, um concentrado de urânio.
“O laboratório [dos Estados Unidos] determinou que a composição isotópica do plutônio encontrado nas amostras nucleares é apta para armamento, o que significa que, se produzido em quantidades suficientes, poderia ser utilizado em uma arma nuclear”, afirmou o Departamento de Justiça em comunicado.
Ebisawa pode receber uma pena de até 20 anos de prisão por tráfico internacional de material nuclear.
Os promotores o descreveram como “líder do sindicato criminoso organizado Yakuza, uma rede criminosa japonesa transnacional altamente organizada que opera em todo o mundo e cujas atividades incluem tráfico de drogas e armas em larga escala”.
A sentença será determinada pelo juiz responsável pelo caso em uma data futura, indicaram os promotores.
Fonte. RFI
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