Anadia/AL

27 de abril de 2024

Anadia/AL, 27 de abril de 2024

Até Augusto Heleno foi monitorado

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 27 de março de 2024

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Foto Lula Marques/ Agência Brasil

A Polícia Federal aponta que até o general da reserva Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Jair Bolsonaro, foi monitorado pelo programa espião “FirstMile” da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Segundo O Globo, o general tinha um aparelho telefônico de uso “funcional”, ou seja, vinculado a assuntos de trabalho, que foi consultado 11 vezes no programa espião em maio de 2020.

Como o número não era registrado no nome de Augusto Heleno para evitar rastreamento, os investigadores da PF acreditam que alguém próximo a ele na Abin sabia da existência da linha telefônica.

O número pessoal do ex-ministro, no entanto, não foi monitorado pela agência.

Por que Augusto Heleno foi monitorado?

Os investigadores da PF suspeitam que o general Augusto Heleno foi monitorado devido a uma desconfiança do ex-presidente Jair Bolsonaro em relação a aliados.

Semanas antes da espionagem, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro havia acusado o ex-presidente de tentar interferir na Polícia Federal e pedido demissão.

O ex-ministro do GSI se reuniu com o ex-juiz da Lava Jato para selar a paz, mas a tentativa não deu certo.

Bolsonaro também se queixava da escassez de informações de inteligência fornecidas pelo GSI que pudessem auxiliá-lo a tomar decisões estratégicas e mapear riscos prementes ao seu governo.

Abin paralela

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que foi chefe da Abin entre julho de 2019 a março de 2022, foi alvo, em 25 de janeiro, de uma operação da Polícia Federal que investiga o suposto monitoramento ilegal de autoridades e adversários do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Como noticiou O Antagonista quando o caso foi revelado, a Abin na gestão Bolsonaro usou ferramentas de geolocalização em dispositivos móveis, como celulares e tablets, sem a devida autorização judicial e sem o conhecimento dos alvos.

O programa foi adquirido no final do governo Temer, poucos dias antes da posse de Jair Bolsonaro, e foi utilizado até parte do terceiro ano de seu mandato.

*Redação com o Antagonista

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