Anadia/AL

21 de dezembro de 2024

Anadia/AL, 21 de dezembro de 2024

Em meio a alerta mundial, Saúde encerra centro de operação contra H5N1

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 22 de janeiro de 2024

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Foto: Ascom/Seagro

Por: Jéssica Ribeiro

Ministério da Saúde determinou o fim das atividades do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública Influenza Aviária (H5N1) em meio a um alerta mundial sobre uma possível mutação da doença. A decisão da pasta foi publicada na edição desta segunda-feira (22/1) do Diário Oficial da União (DOU).

“A COE Saúde Influenza Aviária serviu de mecanismo das ações de resposta frente ao evento de importância para a saúde pública, de que tratava a Portaria GM/MS nº 658, de 2 de junho de 2023”, diz o documento.

Morte de urso-polar

Um mês antes do encerramento das atividades do Centro de Operações, cientistas publicaram avisos sobre uma possível mutação da gripe aviária.

A descoberta gerou preocupação na comunidade cientifica. Conforme relatado pelos estudiosos, a H5N1 evoluiu o suficiente para infectar mamíferos, incluindo humanos, e pode estar sofrendo mutações para se tornar mais mortal.

Mutações

Em humanos diagnosticados até agora, a H5N1 sempre gerou formas assintomáticas da infecção ou sintomas leves, mas, para o biólogo Alastair Ward, da Universidade de Leeds, no Reino Unido, o urso encontrado representa um problema.

“Os vírus da gripe são altamente adaptáveis e observamos mudanças genéticas muito específicas para que o H5N1 se adapte aos hospedeiros mamíferos”, indica ele em artigo publicado na plataforma de divulgação científica The Conversation.

O especialista elaborou uma lista de mamíferos que já foram infectados pelo H5N1 e indicou que os animais carnívoros têm tido maior quantidade de infecções graves e mortais. Para ele, esse pode ser um sinal de que o vírus está sendo transmitido por aves que serviram de alimento para esses animais.

“Devemos esperar que o o H5N1 encontrado no corpo não tenha grandes mudanças, mas também parece provável que a lista de mamíferos afetados continue a crescer, mas de forma lenta e entre carnívoros necrófagos [que se alimentam de um animal encontrado já morto] em particular, mas precisamos vigiar constantemente esse vírus”, diz o biólogo.

*Redação com Metrópoles 

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