✨ Por Artur Guimarães
O Ministério da Justiça e da Segurança Pública (MJSP) mobilizou Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF) para participarem das ações de recaptura de dois foragidos do presídio federal de Mossoró (RN). As forças policiais do estado já estão fazendo buscas. Além disso, a PF abriu inquérito para apurar o caso.
Deibson Cabral Nascimento, conhecido como Deisinho ou Tatu, e Rogério da Silva Mendonça, ligados ao Comando Vermelho (CV), fugiram da prisão nesta quarta-feira (14/2). Foi a primeira fuga registrada do sistema federal desde a sua criação, em 2006.
“O secretário André Garcia, da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), está a caminho de Mossoró, no Rio Grande do Norte, para investigar os fatos e apurar as responsabilidades do ocorrido. A Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal foram acionadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e estão tomando todas as providências necessárias para a recaptura dos foragidos e a apuração das circunstâncias da fuga”, informou, por nota, o MJSP ao Metrópoles.
A PF abriu inquérito para apurar as circunstâncias e eventuais omissões — e até facilitações — envolvendo a fuga.
Considerada de segurança máxima, assim como outras quatro unidades no Brasil, a cadeia é administrada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), ligada ao Ministério da Justiça (MJ), comandado pelo recém-empossado ministro Ricardo Lewandowski.
Uma perícia está sendo feita por homens da PF na prisão, a fim de obter vestígios e provas que possam ajudar na investigação. Em casos como este, costuma haver a instauração de uma sindicância interna na Senappen para descobrir infrações administrativas e determinar punições.
Ligados ao CV
A fuga de Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça foi a primeira ocorrência do tipo nas cinco prisões administradas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Ambos seriam ligados ao Comando Vermelho (CV), facção fluminense de tráfico de drogas, cuja atuação ganhou escala nacional.
Nascimento e Mendonça cumpriam pena no Complexo Penitenciário de Rio Branco, no Acre, até setembro de 2023, quando foram transferidos ao presídio federal de Mossoró após participarem de uma rebelião.
O prazo para que eles permaneçam na penitenciária de segurança máxima, sob o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), é de dois anos.
Segundo a pasta, “desde a sua criação, é referência de disciplina e procedimento, uma vez que nunca houve fuga, rebelião nem entrada de materiais ilícitos nas unidades penitenciárias, aplicando-se fielmente a Lei de Execuções Penais (LEP)”.
Redação com Metrópoles
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