Os portões do salão nobre do MorumBis ficarão abertos ao público das 11h às 15h nesta segunda (19). O enterro, porém, será restrito à família, de acordo com comunicado da assessoria de imprensa do empresário. Não foram divulgados detalhes sobre o sepultamento.
Dezenas de pessoas, entre amigos e admiradores de Abilio, estão entrando no estádio MorumBis pelo portão 17, que dá acesso ao salão nobre. Alguns usam camisas do time de futebol do São Paulo.
No salão nobre, amigos, familiares e fãs de Abilio Diniz são orientados a não usar celulares ou fotografar o local. A ordem veio da família, que pede privacidade neste momento. O caixão com o corpo do empresário está localizado entre uma fotografia dele e imagens de Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora de Fátima.
A imprensa está posicionada na rampa que leva ao salão, acompanhando a entrada e saída de quem comparece para se despedir do empresário. Coroas de flores não param de chegar. Carrefour, Coca-Cola, BTG Pactual e Itaú são algumas das empresas que mandaram arranjos.
Já passaram pelo velório o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o deputado estadual Eduardo Suplicy (PT). São esperados, à tarde, o governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB).
Veja o que os empresários estão dizendo no velório:
O Abilio, pelo histórico dele, era um homem do tempo analógico. Quando não tinha rede social, sabia do nome do Abilio, do Pão de Açúcar. Quando a gente conheceu o Abilio foi bem na época da pandemia e ele foi o empresário que mais nos ajudar fortalecer o trabalho naquele período. Ele ajudou a gente a quebrar muitos preconceitos. De parte a parte, o setor privado tinha muita desconfiança com o terceiro setor. Quando levei ele na favela, e era a primeira vez que ia com a gente, ele dizia que as pessoas também eram líderes. Como líder, ele inspirava as pessoas a partirem do exemplo dele. Espero que mantenhamos essa memória viva. – Preto Zezé, presidente da Cufa (Central Única das Favelas).
[O Abilio) sempre foi uma referência muito importante. Como amigo fica uma saudade enorme. Como brasileiro, uma gratidão por ter sempre pensado no país. E como alguém que acredita no empreendedorismo como parte da solução das coisas, o Abilio vai ser sempre uma luz, uma referência a ser seguido. É uma perda enorme. – Luciano Huck.
Abilio não era apenas um empreendedor bem-sucedido, ele era também referência de solidariedade, dedicação e tinha como poucos uma capacidade ímpar de ouvir, eles foi mais vou continuar seguindo muitos dos seus conselhos. Como empreendedor e como um brasileiro. – Celso Athayde, presidente da Favela Holding.
Pessoas como Abilio Diniz não morrem, permanecem vivas para sempre, por meio do legado e das lições que deixam para a sociedade e para todos os indivíduos cujas vidas impactaram. Desde que aceitei o convite para liderar a operação brasileira da nossa empresa, em 2021, tive um guia que trouxe importantes contribuições para minha missão à frente do negócio. – Stephane Maquaire, CEO do Grupo Carrefour Brasil.
*Redação com Gazeta web