Ainda de acordo com a reportagem, o depoimento de Freire Gomes também revela o temor dentro da instituição militar em relação às possíveis intenções de Bolsonaro.
Os colegas de Freire Gomes argumentam agora que, caso ele tivesse denunciado Bolsonaro à Justiça ou exposto o golpe, seria incapaz de provar a trama e enfrentaria sua própria destituição. No entanto, há críticas sobre sua suposta omissão, alegando que, ao ter conhecimento dos planos no Planalto, deveria ter procurado o Ministério Público. O desembargador aposentado Walter Maierovitch afirma que, do ponto de vista legal, a subordinação ao presidente descaracteriza o crime, tornando a questão uma discussão ética ou moral, não legal.
Bolsonaro evitou eventos militares desde que as investigações revelaram as tramas e ofensas perpetradas por antigos colegas. As revelações da PF identificaram os responsáveis pela campanha difamatória contra os generais legalistas em 2022, aumentando a expectativa de que o depoimento de Freire Gomes leve à responsabilização do ex-presidente.
*Redação com Brasil 247