A tensão entre o governo e o presidente Arthur Lira (PP-AL) ganhou novos elementos após o parlamentar afirmar não ter mais diálogo com o ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionaism, que considera como seu desafeto pessoal e incompetente.
Lira informou esta semana aos líderes da Câmara dos Deputados que prepara um pacote de pautas-bomba e CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) contra o governo, aumentando a pressão contra o governo. No entanto, Lira foi aconselhado por aliados a diminuir a temperatura na casa.
De acordo com o jornalista Ricardo Noblat, do Metrópoles, “a avaliação é que cacique sairia enfraquecido de um embate com Lula (PT), mesmo tendo o controle da Câmara”.
Ainda segundo o jornalista, “diante deste enfraquecimento, os governistas acreditam que agora é a hora para serem mais categóricos contra Lira”.
“O momento seria propício para desafiar a sucessão do presidente da Câmara, que tem como favorito o líder do União Brasil Elmar Nascimento (BA), aliado de primeira hora de Lira. Não é a hora de lançar um candidato próprio, avaliam, mas a disputa ficou mais aberta com outros candidatos mais “governistas” como Marcos Pereira (Republicanos-SP) e Antonio Brito (PSD-BA)”, afirma Noblat.
Nem mesmo a abertura de cinco CPIs assusta tanto o governo, que vê apenas uma tentativa de Lira em superlotar os trabalhos da Câmara. As cinco investigações que podem sair do papel não tem capacidade de macular o governo, mas têm o poder de criar algum desgaste.
Diante disso, avaliam que mesmo Elmar perdeu poder. Ele foi um dos principais articuladores pela não manutenção da prisão de Chiquinho e perdeu, numa disputa acirrada.
Como o blog mostrou, a votação da prisão do deputado exibiu até onde vai o bolsonarismo. O teto de 129 votos, sem o apoio da esquerda e com o Centrão fragmentado, poderia significar um revés na sucessão do presidente da Câmara.
Redação com Brasil 247