Por Yuri Ferreira
Em entrevista ao programa Fórum Onze e Meia desta quarta-feira (24), o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) comentou o processo de cassação que foi aberto contra seu mandato no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
Braga será julgado por expulsar um membro do Movimento Brasil Livre (MBL) após sequenciais perseguições e ofensas à sua honra por parte de Gabriel Costenaro, militante que, na ocasião, ofendeu a mãe do parlamentar, Saudade Braga, que convive com Alzheimer.
Nesta terça-feira, foram sorteados os parlamentares que vão fazer a relatoria do processo. Dois possíveis relatores são do PL e um é do PSD.
“O que eu espero daqui é um julgamento justo. Eu vou tratar respeitosamente o Conselho e os parlamentares que aqui estão”, disse.
Glauber acredita que o processo será uma oportunidade para esclarecer quem financia o MBL e como figuras como Costenaro tem recursos para viajar perseguindo parlamentares.
“Eu acho que essa vai ser uma oportunidade, com todos os meios de prova possível, para demonstrar o que é a representação dessa milícia fascista chamada MBL”, disse.
“Quem financia? Porque esse sujeito foi para o Paraná.. quem pagou a passagem? Veio para Brasília, a gente já sabe quem foi o deputado que deu o resguardo a ele aqui, o Kim Kataguiri, disse. “Quem é que sustenta isso, eu acho que essa é uma pergunta”, completou.
Estratégia de defesa
O deputado também esclareceu qual será a estratégia de sua defesa para manter seu mandato. “Parlamentares que já têm essa posição de orientação fascista ou uma articulação com o bolsonarismo vão manter essa posição”, disse.
“O que eu vou procurar fazer é, através do argumento com os demais membros do Conselho de Ética, demonstrar que essa atuação de hoje contra mim, amanhã evidentemente se volta contra eles, pelo menos contra aqueles que não têm uma relação tão umbilical ou orgânica com a extrema-direita”, completou. “Mostrar todos os fatos, tudo o que aconteceu, e utilizar tudo aquilo que tiver à nossa disposição para que eu possa fazer isso”, completou Braga.
Redação com Revista Fórum