“Este acordo fornece um roteiro para um cessar-fogo permanente e o fim da crise”, conclui a nota citada pela agência de notícias espanhola EFE.
Os três países têm estado a mediar o conflito, pedindo aos dois lados para que honrem o acordo em três fases que foi anunciado por Joe Biden na sexta-feira.
Biden explicou que a primeira fase do acordo duraria seis semanas e incluiria um “cessar-fogo total e completo”, a retirada das forças israelitas das áreas povoadas da Faixa de Gaza e a libertação de reféns em posse do Hamas, incluindo os norte-americanos, mulheres, idosos e os feridos, em troca de centenas de prisioneiros palestinianos.
A assistência humanitária seria aumentada, com 600 camiões autorizados a entrar no enclave palestiniano todos os dias.
A segunda fase incluiria a libertação de todos os reféns vivos restantes e as forças israelitas abandonariam as suas posições em todo o território da Faixa de Gaza.
Por fim, a terceira fase exige o início de uma grande reconstrução da Faixa de Gaza, que enfrenta décadas de trabalhos devido à devastação causada pela guerra.
No entanto, as autoridades israelitas já vieram hoje reafirmar que não aceitarão um cessar-fogo permanente na Faixa de Gaza enquanto não forem cumpridos os objetivos que os levaram a desenvolver esta guerra, ou seja, a garantia da eliminação total das “capacidades militares e governamentais do Hamas” no enclave palestiniano.
Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza após um ataque mortífero do Hamas em 07 de outubro, no qual militantes palestinianos invadiram o sul do território israelita, mataram quase 1.200 pessoas, na maioria civis, e levaram cerca de 250 como reféns.
A operação israelita em grande escala de retaliação no enclave palestiniano já matou mais de 36 mil pessoas, na maioria também civis, de acordo com o governo local do Hamas, e deixou o território numa grave crise humanitária.
*Redação com RTP Notícias