Em meio a uma greve de servidores de universidades federais, o governo federal anunciou, nesta segunda-feira 10, um pacote de 5,5 bilhões de reais para o setor.
A divulgação aconteceu durante um encontro entre o presidente Lula (PT) e reitores, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF). Também esteve presente o ministro da Educação, Camilo Santana (PT).
Os 5,5 bilhões de reais se dividem da seguinte maneira: 4,02 bilhões diretamente para as instituições e 1,5 bilhão para hospitais universitários, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento, o Novo PAC.
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Em relação aos recursos do PAC, cerca de 3,75 bilhões de reais serão voltados a obras nas estruturas das universidades, como salas de aula e laboratórios.
Outros 600 milhões de reais terão como destino a expansão universitária, com previsão de abertura de dez novos campi no País.
Por fim, 250 milhões de reais se referem à construção de oito novos hospitais e a 37 obras em estruturas hospitalares.
Apesar dos anúncios, há dificuldades nas negociações entre os servidores e o governo federal. No evento desta segunda, a reitora da Universidade de Brasília fez uma cobrança direta ao presidente.
“São trabalhadoras e trabalhadores essenciais para darmos conta de todos os desafios do País e que possuem remunerações muito defasadas, como o senhor [Lula] bem sabe”, disse.
O petista, por sua vez, afirmou que “não há muita razão para essa greve durar o que está durando”.
Camilo Santana justificou que o orçamento “não é só o custeio”, mas “tudo o que entra no MEC”. Ele defendeu um aumento de 9% concedido aos professores em 2023.
“Acho que a greve é quando não há mais diálogo, condições de debater, de reunir.”
A principal demanda de técnicos-administrativos e docentes diz respeito ao aumento de salário. Os técnicos pedem um reajuste de 22%, dividido em três anos, a partir de 2024.
*Redação com Carta Capital