Por Fabiano Di Pace – Ascom Sesau
Com a chegada do inverno, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) voltou a orientar a população alagoana sobre os riscos do contágio por leptospirose. Para não contrair a doença, é necessário evitar contato com a água de enchentes e do esgoto, bem como, do transbordamento de rios e córregos, que pode estar contaminada com a urina de ratos infectados pela bactéria Leptospira.
De acordo com a médica veterinária e assessora técnica da Sesau, Bianca Suruagy, a leptospirose é caracterizada como uma doença infecciosa febril, de início súbito, que pode variar desde um processo imperceptível até formas graves. Ela ressalta que a leptospirose é uma zoonose que está atrelada às precárias condições de infraestrutura sanitária.
“Ao entrar em contato com a água contaminada pela urina do rato, as pessoas podem contrair a doença. Por isso, é necessário evitar esse contato e, caso seja extremamente necessário, é imprescindível usar botas, capas e luvas de borracha”, recomenda Bianca Suruagy.
A médica veterinária e assessora técnica da Sesau orienta, também, que o uso de água tratada, tanto para ingestão, quanto para higienização dos alimentos, é uma boa medida de prevenção a ser tomada. “Os alimentos devem ser lavados com água limpa, potável e, se preciso, é necessário usar o hipoclorito de sódio, que é distribuído mensalmente para os municípios”, enfatiza.
Sintomas
Os sintomas da leptospirose são similares aos da gripe, incluindo dores de cabeça, febre e dor muscular, podendo evoluir para icterícia. A doença também apresenta manchas na pele, além do escurecimento da urina, devido a problemas renais.
De acordo com informações do Programa de Zoonoses da Sesau, no ano de 2024, até esta segunda-feira (24), de junho, foram registrados 11 casos da doença em Alagoas, sendo oito em Maceió, dois em Capela e um na cidade de Coité do Nóia. Não houve o registro de nenhum óbito, conforme dados do Ministério da Saúde (MS).
Atendimento
Bianca Suruagy lembra, ainda, que em casos de suspeita da doença, deve-se procurar uma unidade de saúde mais próxima. “Em casos mais leves, pode-se procurar as Unidades Básicas de Saúde e, nas situações de maior gravidade, é necessário se dirigir às UPAs [Unidades de Pronto Atendimento]”, reforça a médica veterinária da Sesau.
Redação com Agência Alagoas