O Brasil teve atuação decepcionante e só empatou com a Colômbia nesta terça-feira, em Santa Clara. O resultado faz com que a Seleção avance às quartas de final da Copa América no segundo lugar do Grupo D. Dorival Júnior admitiu que sua equipe deixou a desejar, mas saiu na bronca com a arbitragem.
O treinador viu o Brasil “muito prejudicado” pelo possível pênalti não marcado em cima de Vinicius Júnior, ainda no primeiro tempo. A jogada chegou a ser analisada pela equipe do VAR, que não recomendou a revisão ao venezuelano Jesús Valenzuela. Pouco tempo depois, a Colômbia empatou a partida.
Além disso, Dorival citou estranheza com a cartão amarelo dado a Vini Jr. logo no começo do jogo. O jogador atingiu o rosto de James Rodríguez e, como estava pendurado, desfalcará a Seleção na próxima fase, contra o Uruguai.
“É uma situação que aconteceu [suspensão de Vini Jr.]. Era um jogo importante, não tinha como segurar ninguém, queríamos o resultado. Começamos bem a partida. No primeiro lance tivemos já o primeiro cartão do Vini, muito estranho o que se passou. Há pouco tempo eu ouvi dizer que o Brasil tem que jogar sem protagonistas, esse é o instante. Não vamos ter o Vini, estamos sem o Neymar há um tempo. Mas outros podem aparecer. Teremos um jogo difícil contra o Uruguai, mas o Uruguai sabe que terá um jogo difícil contra o Brasil”, disse o comandante em coletiva de imprensa.
“Não sei se houve interferência [da arbitragem], mas naquele momento seria 2 a 0. Independente das coisas não saírem como gostaríamos, o resultado de 2 a 0 seria muito diferente do 1 a 0. E logo em seguida tomamos o empate. Para mim foi decisivo, dentro do estádio só ele e a equipe do VAR não viram o pênalti, existiu com certeza. O Brasil foi muito prejudicado. É um fato que aconteceu, temos que ser realistas. Com o resultado ampliado, as movimentações seriam muito diferentes, a seleção colombiana teria que se expor e nós poderíamos tomar proveito disso. Seria uma situação que sabemos como ninguém explorar”, acrescentou.
Apesar das críticas à arbitragem, Dorival Júnior reconheceu que o Brasil deixou a desejar em campo. Ele, no entanto, acredita que as oscilações são naturais e enxerga evolução na equipe.
“Hoje tivemos dificuldades, nós proporcionamos retomadas perigosas ao adversário. Não vinha sendo um fato que nos preocupasse. Nosso quadrado dificultou a nossa saída. Essas oscilações vão acontecer, é uma equipe em formação. Tivemos dificuldades que não vínhamos tendo. O nível da Colômbia é diferente neste momento, teve um peso grande. Tínhamos a vantagem a nosso favor, quando um lance que poderia nos dar o segundo gol, não é marcado. Precisamos melhorar e estamos trabalhando nesse sentido. Em muitos aspectos estamos evoluindo. Em algum momento teremos dificuldades nesse processo. É algo natural, ninguém escapa”, afirmou.
“Acho que é um processo. Ninguém queima etapas. Você não sai da figura A para a F sem passar pela fase B ou C. Espero que a equipe continue crescendo, assim como oscilaremos em outros momentos. Temos que conviver, só se tira isso com treinamento e jogos. Vamos construindo uma equipe com erros e acertos. É um fato natural. Não é tempo suficiente para que tenhamos uma equipe que cumpra com todos os detalhes e não sofra. A evolução será muito clara com o passar de jogos e com o trabalho”, concluiu.
O próximo desafio do Brasil nesta Copa América está marcado para este sábado. O time de Dorival Júnior irá encarar o Uruguai, a partir das 22h (de Brasília), em Las Vegas, pelas quartas de final da competição.
Redação com Gazeta Esportiva