O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (4), sem citar o nome de Jair Bolsonaro, que o Brasil foi administrado por pessoas que possuíam “pouca massa encefálica na cabeça”. Em outro momento, disse que o país teve um presidente “irresponsável” e que “brincou com a saúde do povo brasileiro”.
“O problema desse país é que, muitas vezes, foi governado por gente que tinha pouca massa encefálica na cabeça e não pensava corretamente sobre o futuro desse país”, afirmou Lula.
Recentemente, Bolsonaro criticou Lula. “Um indivíduo dominado pelo ódio, pela mentira e pela traição. Desejamos a ele, como ser humano, que melhore o mais rápido possível para o bem do Brasil. Enquanto isso a picanha que virou abóbora agora se transformou em pé de galinha”, disse o ex-presidente nas redes sociais.
Entrega de ambulâncias
As declarações de Lula ocorreram em Salto, no interior de São Paulo. Na ocasião, o governo entregou 280 ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para 248 municípios de 24 estados.
As unidades vão substituir veículos com ao menos sete anos de uso. O Samu pode ser acessado pelo número “192″, que oferece orientações à população e envia veículos compostos por equipes especializadas.
“Nós tomamos a decisão de que o Estado brasileiro tem que assumir a responsabilidade de cuidar do seu povo. E é por isso que criamos o Samu, para dar conforto, a ideia de responsabilidade e de compromisso. Ninguém pode morrer por falta de assistência, ninguém pode morrer porque demorou muito para tirar a pessoa que estava ferida numa estrada, ninguém pode morrer porque não aparece uma ambulância”, destacou o presidente.
Em 2023, o Ministério da Saúde ampliou em 30% os valores repassados para custeio do Samu, o que representa um incremento de R$ 396 milhões por ano. “Com o reajuste, o total destinado ao serviço passou de R$ 1,3 bilhão para R$ 1,7 bilhão. O aumento minimizou a sobrecarga nos municípios, uma forma de incentivar a universalização do serviço, que desde 2013 não recebiam atualização nos valores de custeio”, diz a pasta em nota.
Ainda nesta quinta, o presidente cumpre agenda em Campinas, onde lança a pedra fundamental do Orion, complexo laboratorial para pesquisas avançadas em patógenos (vírus, bactérias, fungos), com investimento de R$ 1 bilhão até 2026.
O projeto compreende, também, instalações de alta e máxima contenção biológica, até então inéditas na América Latina. “Serão as primeiras do mundo conectadas a um acelerador de partículas, o Sirius. O lançamento visa reforçar a base produtiva nacional em saúde e o enfrentamento de eventuais epidemias”, diz o governo.
Relação com R7