Renan Calheiros, senador pelo MDB de Alagoas, manifestou-se sobre as revelações da Polícia Federal que apontaram que ele próprio foi alvo de ações ilegais conduzidas pela chamada “Abin paralela” durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O político afirmou que tomará medidas judiciais, incluindo possíveis recursos em cortes internacionais, como assistente de acusação no escândalo envolvendo a Agência Brasileira de Inteligência.
“É lamentável que estruturas estatais tenham sido cooptadas para atuar como polícias políticas, utilizando métodos indignos e repulsivos”, declarou o ex-presidente do Senado e ex-relator da CPI da Covid, que disse confiar na apuração e julgamento dos responsáveis.
Renan Calheiros denunciou a situação como um ataque à democracia e afirmou que novos fatos deveriam levar a Procuradoria-Geral da República a reavaliar aspectos anteriormente arquivados.
A investigação da Polícia Federal, no âmbito da Operação Última Milha, revelou um esquema de espionagem ilegal que abrangia políticos, jornalistas e até funcionários do Ibama.
A lista de pessoas monitoradas inclui autoridades do Judiciário, como ministros do STF, figuras do Executivo, como ex-governadores e servidores públicos, além de membros do Legislativo e profissionais da imprensa.
* Redação com Jornal de Alagoas