Por falar em favorita, como não citar a consagração de Ana Patrícia e Duda. Elas tiveram um ciclo olímpico praticamente perfeito. Campeãs mundiais em 2022 e vice em 2023, chegaram a Paris-2024 como favoritas. A dupla não deu chance para as adversárias. Por mais que tenham encarado jogos difíceis especialmente na semifinal e na final, souberam contornar os problemas para alcançar a tão sonhada medalha de ouro.
É preciso valorizar também a prata do futebol feminino. A seleção brasileira chegou desacreditada em Paris, fez uma péssima primeira fase, mas brilhou no mata-mata ao tirar as donas da casa da França e as espanholas campeãs do mundo. O time de Arthur Elias parou na decisão para os Estados Unidos, mas abriu uma enorme expectativa para a modalidade no país, que será sede da próxima Copa do Mundo.
A prata de Tatiana Weston-Webb no surfe mostrou a força das meninas brasileiras nas ondas. Um país que tem ainda as jovens Tainá Hinckel e Luana Silva, que estiveram nos Jogos Olímpicos, e a promissora Sophia Medina.
Completando as conquistas femininas, ainda tivemos bronzes, que poderiam ter sido ouro, como do vôlei feminino, Rayssa Leal no skate street e Beatriz Ferreira, no boxe. O quarto bronze foi da equipe da ginástica artística, que alcançou o máximo que poderia diante das fortes adversárias que enfrentaram e o quinto foi de Larissa Pimenta, que foi uma das grandes surpresas brasileiras dos Jogos.
Do masculino, os grandes favoritos do Brasil não cumpriram o que deles se esperava. Cotados para o ouro, Isaquias Queiroz foi prata, enquanto Gabriel Medina e Alison dos Santos ficaram com o bronze. As pratas de Caio Bonfim, da primeira da história da marcha atlética, e de Willian Lima, no judô, foram os principais resultados entre os homens brasileiros e merecem muito ser comemorados. Para completar, Augusto Akio, no skate park, e Edival Pontes, o Netinho, no taekwondo, foram bronze.
No fim das contas, as mulheres do Brasil cumpriram aquilo que delas se esperava nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 e foram as estrelas do país. Os homens, por sua vez, deixaram a desejar. Isso sem falar do decepcionante oitavo lugar no vôlei masculino e do fato que futebol e handebol sequer conseguiram a classificação.
Enfim, não há dúvidas de que hoje o Brasil é o país das mulheres no esporte olímpico!
*Redação com Tribuna Hoje