Alvo de espionagem pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador alagoano Renan Calheiros defendeu que a casa possa fazer a fiscalização da agência.
Para isso, seriam realizadas alterações legais para que a Comissão Mista de Controle de Atividades de Inteligência, presidida por Calheiros, tenha poderes efetivos de fiscalização.
Segundo bastidores, Renan já vem conversando sobre o tema com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Renan, Arthur Lira (PP) e outros políticos, autoridades e jornalistas foram espionados pela chamada Abin paralela, na tentativa de grampear possíveis condutas erradas dos alvos.
Mesmo após tudo vir à tona, Calheiros reclamou a aliados que não recebeu respostas de requerimentos sobre o uso da ferramenta First Mile e da Abin paralela. Com isso, a intenção é discutir medidas que obriguem autoridades a compartilhar as informações com a comissão.
Calheiros entende que é preciso reestruturar as atribuições ou encerrar a comissão, já que sem as respostas dos pedidos não há qualquer fiscalização efetiva. A comissão é mista e tem seis deputados e seis senadores na composição.
Fonte: Jornal De Alagoas