Um dado para reforçar que é preciso aprimorar as pesquisas, estatísticas oficiais e as políticas públicas de proteção às mulheres. Segundo levantamento do DataFolha, 2,4 milhões de brasileiras sofreram agressões físicas entre junho de 2023 e junho de 2024. O número, extremamente alto, difere do Anuário Brasileiro de Segurança, que registrou no ano passado 258.941 lesões corporais dolosas contra elas.
As duas estatísticas não são diretamente comparáveis, já que há diferenças na coleta de dados e na definição de cada ocorrência. Independentemente da discrepância, enfrentar a violência contra as mulheres é dever do Estado e da própria sociedade.
De acordo com pesquisa do DataFolha, um em cada quatro brasileiros mencionou que conhece mulheres vítimas de violência doméstica praticada por parceiros íntimos. Trata-se de 27% da população, que correspondem a quase 45 milhões de pessoas em todo o Brasil. Os casos de lesão corporal correspondem a 709 registros por dia.
A forma mais grave de violência doméstica é o feminicídio. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho, a cada 6 horas, uma mulher é morta por este motivo. Foram 1.467 assassinatos, o maior registro desde a sanção da lei que tipifica o crime, em 2015.
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