Dezenas de pagers do grupo Hezbollah explodiram nesta terça-feira (17), deixando mais de 11 mortos e mais de 4 mil feridos no Líbano. Esses dispositivos servem para o envio de mensagens e foram desenvolvidos nas décadas de 1950 e 1960. Não existem informações sobre qual é a tecnologia dos pagers utilizados pela entidade islâmica.
As pessoas utilizavam transmissões de rádio para enviar e receber mensagens. Cada pager possuía um código, e a comunicação não era direta. Era necessário ligar para uma central telefônica e informar ao atendente o número para o qual o usuário pretendia enviar uma mensagem. O conteúdo precisava ser curto, segundo o Portal G1.
Os aparelhos podiam ser unidirecionais (só recebiam mensagens) ou bidirecionais, quando também respondiam. Os pagers deixaram de ser amplamente utilizados. Atualmente, seu uso está associado à tentativa de redução dos riscos de invasões, destacou Kim Rieffel, vice-presidente de Telecomunicações da Associação Brasileira de Avaliação da Conformidade (Abrac).
“Isso ocorre porque, ao contrário dos smartphones, os pagers unidirecionais não utilizam a internet, o que dificulta a sua invasão. Mesmo nos bidirecionais, que usam internet, o risco de exposição de dados após uma invasão é menor, já que eles não armazenam muitas informações”, afirmou.
Fonte: Brasil 247