O ministro dos Transportes e senador licenciado Renan Filho (MDB-AL) fez uma avaliação positiva dos resultados das eleições municipais de 6 de outubro em Alagoas, destacando o crescimento do seu partido, o MDB, no estado. O cenário pós eleitoral, avalia, é favorável ao grupo do qual faz parte, que conseguiu ampliar sua força política, principalmente no interior.
Segundo Renan, o MDB saltou de 38 para 65 prefeituras, consolidando-se proporcionalmente como a legenda com maior número de vitórias no Brasil entre todos os partidos no Brasil. “Essa foi a maior vitória de um partido em todos os estados do Brasil”, afirmou.
Renan Filho também enfatizou que o MDB venceu em 75% das grandes cidades de Alagoas, o que demonstra a confiança do eleitorado nas lideranças do partido. O ministro, que lidera o grupo político ao lado do governador Paulo Dantas, do presidente da Assembleia Legislativa Marcelo Victor e do senador Renan Calheiros, avalia que o desempenho na capital, Maceió, não atrapalha os planos do grupo para 2026.
“Tivemos, somados os municípios, o dobro de votos do PL na capital. Mas cada eleição é diferente. Já venci em Maceió disputando o governo e tenho certeza que em 2026 o candidato que representar nosso grupo terá uma grande votação na capital, porque o eleitor sabe que temos a melhor proposta, o Paulo tem feito um grande governo e temos também ao nosso lado o presidente Lula”, pondera.
Além dos resultados do MDB, Renan Filho destacou um aspecto que considera simbólico: a redução no número de prefeituras do Progressistas (PP), liderado por Arthur Lira, que elegeu 27 prefeitos, número inferior ao das eleições de 2020.
Outro detalhe é que alguns prefeitos eleitos pelo PP tem compromisso de apoiar o grupo do governo. Renan Filho adiantou que já conta com alianças estratégicas dentro do Progressistas. “Temos compromisso de que 15 dos 27 prefeitos do PP vão votar com nosso grupo para governador”, mencionou, citando nomes importantes como Paula Santa Rosa (Belém), Marcelo Beltrão (Coruripe), Rosiana Beltrão (Feliz Deserto), Felipe Jatobá (Jequiá da Praia), Aldo Popular (Porto Real do Colégio) e Zé Hermes (Canapi).
Essa base, segundo o ministro, será estratégica para manter o grupo político do governador Paulo Dantas forte em 2026.
Ao comentar o cenário da disputa ao Senado, Renan foi claro ao afirmar que a briga será diferente. Para ele, o prefeito de Maceió, JHC, se movimenta em direção à candidatura ao Senado e deverá passar a prefeitura para Rodrigo Cunha (Pode).
“O grande movimento do JHC, ao escolher o Rodrigo Cunha como vice é para o Senado “, analisou Renan, acrescentando que o prefeito “vai ter que renunciar” para concorrer. O ministro também reforçou que, para o Senado diferente do governo, JHC não precisaria enfrentar o grupo principal, o que muda a lógica da disputa. “Será algo para ele resolver com o Arthur Lira, que também pretende ser candidato ao Senado”, avalia.
Sobre seu destino político, o ministro não pretende definir nenhum movimento agora. “Sou de grupo. Vamos ouvir nosso grupo para tomar a melhor decisão no momento certo”, afirma.
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