Anadia/AL

20 de novembro de 2024

Anadia/AL, 20 de novembro de 2024

Alexandre de Moraes conduzirá pessoalmente novo depoimento de Mauro Cid

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro deverá esclarecer contradições entre seu acordo de delação premiada e descobertas da PF sobre a trama golpista / 14:53 hs

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 20 de novembro de 2024

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Plantão Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), assumirá a condução do depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), marcado para a tarde de quinta-feira (21), informa Teo Cury, da CNN Brasil. A audiência, prevista para as 14h, ocorre no contexto de uma investigação sobre uma suposta trama golpista, cujos desdobramentos levaram à prisão de cinco suspeitos nesta terça-feira (19).

Cid foi convocado a prestar esclarecimentos devido a contradições entre seu acordo de delação premiada, firmado em setembro de 2023, e informações levantadas pela Polícia Federal (PF). A corporação encaminhou um relatório ao STF detalhando omissões e inconsistências nos depoimentos recentes do militar, que podem comprometer a validade de sua colaboração com a Justiça.

Em um depoimento de quase três horas à PF na terça-feira, Mauro Cid negou qualquer envolvimento ou conhecimento sobre planos que incluíam a tentativa de um golpe de Estado e o assassinato do presidente Lula (PT), do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e do próprio ministro Alexandre de Moraes. Investigadores, no entanto, apontam indícios de que o militar teria ocultado informações cruciais.

Conexão com a trama golpista – O militar, que já havia sido preso em março de 2023 por envolvimento em outros crimes investigados pela Justiça, ganhou liberdade condicional após fechar o acordo de delação premiada. No entanto, os avanços da investigação colocam sob suspeita sua narrativa, especialmente após ele ter mencionado que Jair Bolsonaro teria sondado comandantes das Forças Armadas sobre a viabilidade de um golpe de Estado. A suposta reunião teria ocorrido no Palácio da Alvorada logo após a derrota do ex-presidente nas eleições de 2022.

Ameaça ao acordo de delação – Caso fique comprovado que o tenente-coronel mentiu ou omitiu informações em seus depoimentos, o acordo de delação premiada firmado com a Justiça pode ser anulado. Isso exporia o militar a penalidades mais severas e colocaria em risco sua estratégia de colaboração com as autoridades.

Fontes ligadas ao caso afirmam que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a defesa de Mauro Cid foram notificadas da audiência desta quinta-feira, considerada decisiva para esclarecer pontos obscuros nas investigações.

Redação com Brasil 247

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