Anadia/AL

21 de novembro de 2024

Anadia/AL, 21 de novembro de 2024

Idolatria por Bolsonaro pode custar 20 anos de prisão a Mauro Cid, avaliam aliados

Estratégia de omissões e contradições em depoimentos à PF ameaça delação premiada do tenente coronel / 12:17 hs

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 21 de novembro de 2024

vv2

Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O tenente coronel Mauro Cid foi informado por pessoas próximas que a sua idolatria pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode lhe custar, segundo cálculos de advogados, cerca de 20 anos na cadeia, além de envolver familiares, informa a jornalista Andréia Sadi, do G1. Em seu último depoimento à Polícia Federal, Cid caiu em contradição e atuou para proteger Bolsonaro e o general Braga Netto, segundo a avaliação de investigadores.

No entendimento de aliados, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro perdeu a oportunidade de falar tudo o que sabe sobre a participação do ex-presidente e do general na tentativa de golpe de Estado. Ao cruzar os depoimentos de Cid com dados coletados nas investigações, a PF descobriu que o militar omitiu informações. O posicionamento do tenente coronel fez, inclusive, com que a defesa cogitar sair do caso.

Pessoas próximas a Cid tentam o convencer a falar tudo o que sabe no encontro com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, para tentar manter o acordo de delação premiada. No entanto, eles reconhecem que a idolatria do ex-ajudante de ordens por Bolsonaro pode atrapalhar. “Ele é apaixonado por Bolsonaro, fã”, disse uma pessoa próxima a Cid ao G1.

No meio militar, a estratégia utilizada pelo tenente coronel em seus depoimentos à PF é conhecida como “histórias de cobertura”, um treinamento aplicado nas Forças Especiais.“O que Cid pode ter feito foi aplicar um treinamento que temos nas Forças Especiais: ‘História de cobertura’ que é contar uma mentira em nome da segurança da operação — seja ela qual for. Quando esta história está para “cair” tem-se já planejado uma segunda história de cobertura, bem mais verdadeira mas ainda irreal”, explica uma fonte militar.

A PF reconhece a expressão, mas não confirma que é isso o que Cid está fazendo. Segundo esse militar ouvido por Andréia Sadi, a tendência é que as histórias de Cid sejam desmentidas com outras informações colhidas. “Agora com as informações do celular dele apagadas.. e agora recuperadas – além das informações de depoimentos cruzados – Vão cair as duas histórias de cobertura”, avalia.

Redação com Brasil 247

Compartilhe.

Galeria de Imagens