“Vamos trabalhar, vamos atravessar. Temos a oportunidade de criar um mercado de 700 milhões de pessoas. A maior parceria comercial e de investimento que o mundo já viu. Ambas as regiões serão beneficiadas, escreveu a presidente da Comissão Europeia.
Ela defende o acordo que também tem também o apoio de países como Alemanha, Espanha e Portugal, mas enfrenta oposição da França. cujos agricultores são contrários à importação de produtos do Mercosul, temendo a concorrência. A produção agrícola na França é a maior entre os países da União Europeia. No mês passado, diante de protestos de agricultores franceses, o CEO do Carrefour da França chegou a dizer que não venderia carnes produzidas pelos países do Mercosul nas lojas francesas da rede. A decisão causou uma crise entre o agronegócio brasileiro e a empresa e motivou um boicote à varejista no Brasil. A questão só foi resolvida com uma carta de pedido de desculpas enviada pela empresa ao Ministério da Agricultura.
Até agora, a questão ambiental segue como o principal obstáculo para a conclusão do acordo, que vem sendo negociado desde 1999. Em 2019, durante o governo do presidente Jair Bolsonaro, o acordo foi assinado, mas nunca foi adotado. Para entrar em vigor, o tratado precisa ser ratificado pelos países membros.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que um acordo entre Mercosul e União Europeia poderia multiplicar por cinco a integração do Brasil com o mercado global.
Redação com Veja. Abril
Compartilhe