Anadia/AL

22 de dezembro de 2024

Anadia/AL, 22 de dezembro de 2024

Acordo de defesa entre Rússia e Coreia do Norte entra em vigor

O acordo de defesa mútua entre a Rússia e a Coreia do Norte entrou em vigor na quarta-feira (4) anunciou nesta quinta-feira (5) o Ministério das Relações Exteriores da Rússia em um comunicado.

ABN - Alagoas Brasil Noticias

Em 5 de dezembro de 2024

G 2

O presidente russo Vladimir Putin e líder o norte-coreano Kim Jong un assinaram um documento de cooperação em junho AP - Kristina Kormilitsyna

Com informações da AFP

Os vice-ministros das Relações Exteriores da Rússia e da Coreia do Norte trocaram cartas de ratificação do documento em Moscou, de acordo com um comunicado.

O texto prevê a “assistência militar mútua imediata” em caso de um ataque contra um dos dois países, segundo o ministério russo.

O líder norte-coreano, Kim Jong Un, e o presidente russo, Vladimir Putin, assinaram o tratado estratégico durante uma visita do chefe do Kremlin a Pyongyang em junho. Ele foi ratificado em 8 de novembro pelo Parlamento russo.

O documento também compromete os dois países a cooperar no cenário internacional para enfrentar as sanções ocidentais e coordenar suas posições na ONU.

Os Estados Unidos e Coreia do Sul acusam a Coreia do Norte de ter enviado mais de 10.000 soldados à Rússia para lutar contra as forças ucranianas ao lado do exército russo. Segundo funcionários do governo sul-coreano, em troca Moscou estava fornecendo combustível, mísseis antiaéreos e ajuda econômica a Pyongyang.

O presidente Putin descreveu o acordo em junho como um “documento revolucionário”.

A Rússia e Coreia do Norte se aproximaram desde o início da ofensiva russa na Ucrânia em fevereiro 2022.

Ordem mundial multipolar

O tratado servirá de “poderosa força motriz para acelerar o estabelecimento de uma ordem mundial multipolar, independente e justa, sem dominação, submissão nem hegemonia”, declarou a Agência central de imprensa norte-coreana (KCNA).

Segundo analistas, Pyongyang poderia utilizar a Ucrânia para reorientar sua política externa.

Ao enviar soldados, a Coreia do Norte se posiciona dentro da economia de guerra russa como fornecedor de armas, de apoio militar e mão de obra, e inclusive poderia contornar seu aliado tradicional, vizinho e principal parceiro comercial, a China.

Kim declarou na semana passada, durante uma visita a Pyongyang do ministro da Defesa russo, Andrei Belousov, que seu governo, seu Exército e seu povo “apoiariam invariavelmente a política da Federação da Rússia de defesa de sua soberania e integridade territorial”.

Redação com RFI

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